Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Com receitas US$ 4 bi no ano, farelo de soja é destaque na balança

Participação menor da Argentina e queda no consumo abriram as portas para as exportações

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Um dos destaques da balança comercial do agronegócio deste ano é o farelo de soja. As exportações do mês passado foram 43% superiores, em volume, às de igual período de 2017. Os preços subiram 20%.

Volume e preços maiores garantiram ao Brasil receitas, em julho, 72% superiores às de igual período do ano passado, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Líder nas exportações mundiais de soja em grãos, o país conseguiu elevar também as vendas externas de farelo.

Galpão de armazenamento de farelo de soja - Moacyr Lopes Junior/Folhapress

Um vácuo deixado pela Argentina no mercado externo e consumo interno retraído permitiram ao Brasil esse ganho no comércio mundial.

Os argentinos, importantes no mercado de farelo, produziram 20 milhões de toneladas a menos de soja na safra mais recente. Com isso, perderam participação no mercado externo.

As coisas não andaram bem também no mercado interno brasileiro. A desaceleração na produção de proteínas, principalmente nos setores de frango e de suíno, respingou sobre o consumo interno de ração.

O aumento de exportações de farelo de soja já permitiu ao país atingir receitas de US$ 4,1 bilhões (R$ 15 bilhões) de janeiro a julho deste ano com esse produto, 33% mais do que em igual período do ano passado.

O farelo ajuda a engrossar o saldo da balança comercial brasileira. As exportações do complexo soja deverão render US$ 37,5 bilhões (139 bilhões) neste ano, segundo a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais). Até julho, o país já havia atingido US$ 27 bilhões (R$ 100 bilhões).

Outro ponto positivo da balança do agronegócio em julho foram as carnes. Após um período ruim em junho, devido às dificuldades de escoamento, as exportações tiveram forte reação em julho.

As vendas externas de carne bovina “in natura” atingiram 131 mil toneladas, 138% mais do que em junho. No mesmo período, as exportações de carnes de frango e suína aumentaram 99% e 90%, respectivamente, em volume.

O ponto fraco da balança é o açúcar em bruto. Os preços internacionais recuaram 27% no mês passado, em relação a julho de 2017. O país exportou 25% menos e as receitas recuaram 46% no período.
De janeiro a julho, as exportações brasileiras se retraíram para U$ 3 bilhões (R$ 11 bilhões), 42% menos do que em 2017.

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