Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Demanda aquecida faz importação de adubo crescer 10% em julho

Os gastos somaram US$ 807 milhões, acima dos de julho de 2017

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O setor de fertilizante ainda está apreensivo com o ritmo da distribuição do produto nas próximas semanas, período de maior demanda pelos agricultores devido ao plantio de verão.

O imbróglio dos últimos meses, provocado pela greve dos caminhoneiros, acabou tendo um impacto menos preocupante do que se esperava na distribuição. A pressão nos custos, porém, continua.

As entregas de adubo para os produtores, em junho, após a queda de 28% em maio, foram recordes. Já as importações de julho são as maiores, em dólares, desde o final de 2014, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Agricultor aplica fertilizante em plantação - Xinhua

Carlos Eduardo Florence, diretor-executivo da AMA (Associações dos Misturadores de Adubos do Brasil), diz que o setor esperava problemas maiores na distribuição de junho, o que não ocorreu. “Trabalhou-se com os estoques de fábrica e as empresas entregaram até mais do que em junho do ano passado.”

A distribuição de junho foi recorde. Com isso, o acumulado do primeiro semestre deste ano somou 12,8 milhões de toneladas, próximo dos 13,1 milhões de igual período anterior.

Se o ritmo das entregas melhorou, o mesmo não aconteceu com os custos, que subiram, segundo Florence. As maiores dificuldades são com as entregas de longa distância.

O executivo da AMA afirma que não se sabe como as coisas vão ficar daqui para a frente, mas a indústria espera entregar pelo menos 34,4 milhões de toneladas de fertilizantes neste ano, volume igual ao de 2017.

As importações do ano passado atingiram 26,3 milhões de toneladas, 76% do total que foi distribuído pelas indústrias no período, conforme dados da Anda (Associação Nacional para a Difusão de Adubos).
 

 

Do pão... A farinha de trigo subiu 7,5% no mês passado na cidade de São Paulo, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). O pão francês ficou 2% mais caro para o consumidor.

...ao leite A produção cai no país, os preços sobem no campo e melhoram as margens para as importações. Os gastos com compras externas somaram US$ 48 milhões em julho, 23% mais do que em junho.

No bolso O aumento do leite no campo chega forte no bolso do paulistano. O produto do tipo longa vida teve reajuste de 10% no mês passado, informou a Fipe nesta quinta-feira (2).

Fonte próxima A produção argentina de trigo deverá atingir o recorde de 19,5 milhões de toneladas. Com isso, o país terá pelo menos 14 milhões de toneladas do cereal para exportar, segundo estimativas do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O Brasil é um dos principais importadores mundiais.

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