Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Vaivém das Commodities

Contas não fecham nos setores de arroz e de feijão

Produtos terão os menores valores de produção em mais de duas décadas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São vários os setores agropecuários que estão com queda de renda neste ano, em relação ao anterior. Dos 22 itens acompanhados pelo Ministério da Agricultura, 15 vão ter um VBP (Valor Bruto de Produção) inferior ao de 2017.

Dois deles, no entanto, e que dependem basicamente do mercado interno, estão em situação bem pior do que os demais. São arroz e feijão.

Produção de arroz em Guaratinguetá (SP)
Produção de arroz em Guaratinguetá (SP) - Jorge Araujo - 6.mar.15/Folhapress

O arroz, que deverá render apenas R$ 9,9 bilhões neste ano para os produtores, tem recuo de 18% no VBP, em relação a 2017. Cai para o menor valor em 21 anos. Os dados são deflacionados pelo Índice Geral de Preços da Fundação Getulio Vargas.

Já o feijão, cuja queda no valor de produção será de 32% no ano, terá o menor VBP desde que o Ministério da Agricultura começou a fazer esse levantamento, em 1989.

A movimentação do campo será de apenas R$ 6,1 bilhões neste ano, metade do valor de há dois anos, conforme o analista do Ministério da Agricultura, José Gasques.

Quedas de produção e de preços internos ajudaram nesse recuo do valor de produção do setor. A safra de arroz deste ano ficou em 12 milhões de toneladas, mesmo volume do consumo. Ambos tiveram retração.

Os preços internos não reagem mesmo com a queda nas importações. De janeiro a setembro últimos, o país importou 439 mil toneladas de arroz, bem abaixo das 708 mil de igual período de 2017. O câmbio elevado dificultou a entrada do produto no Brasil.

A produção de feijão, após um volume de 3,4 milhões de toneladas na safra 2016/17, retraiu-se para 3,1 milhões no período 2017/18, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

O preço da leguminosa, cotado a R$ 4,71 em 2016, está em R$ 1,92 neste ano. Os valores são deflacionados e indicam uma queda real de 59% nesse período.

O consumo nacional de feijão, que era de 3,3 milhões de toneladas em 2016/17, recuou para 3,2 milhões em 2017/18.

 

MT deve exportar 19 milhões de toneladas de soja em 2018/19

A produção de soja em Mato Grosso, após o recorde de 32,5 milhões de toneladas em 2017/18, deverá cair para 32,3 milhões nesta safra 2018/19, que está sendo semeada.


O potencial de exportação do estado permanece em 19,1 milhões de toneladas, praticamente igual ao da safra anterior, segundo dados do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).


A área destinada à produção da oleaginosa será de 9,6 milhões de hectares, 1,2% acima da de 2017. O espaço dedicado à soja neste ano, porém, é 14% maior do que o da média das últimas cinco safras, segundo o Imea.

 

 


Sanidade  Nos Estados Unidos, os produtores temem a gripe suína africana, que poderia causar prejuízos superiores a US$ 5 bilhões ao setor.

Leite A produção brasileira poderá atingir 27 bilhões de litros em 2019, 2% acima da deste ano. As estimativas são do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA).

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.