Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Vaivém das Commodities

Efeito da trégua entre EUA e China já é menor sobre commodities agrícolas

Preços da soja ficam estáveis em Chicago e têm leve recuo no Brasil; milho cai

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A movimentação positiva do mercado de commodities ocorrida no início da semana diminuiu. A alta nos preços havia ocorrido devido às expectativas de melhora do mercado com a trégua temporária na guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Os dois presidentes se encontraram no final de semana na Argentina e suspenderam a imposição de novas tarifas sobre as importações. Essas tarifas, ainda maiores que as já em vigor, entrariam em vigor a partir de janeiro.

Funcionário durante colheita de soja em Campos Lindos (TO)
Funcionário durante colheita de soja em Campos Lindos (TO) - Ueslei Marcelino - 18.fev.18/Reuters

Na segunda-feira (3), primeiro dia de abertura do mercado após o encontro de Donald Trump, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, a soja superou os US$ 9 por bushel (27,2 quilos), com alta de 1,2%, em relação a sexta-feira (30).

As perspectivas já são menos otimistas, e o mercado apenas mantém os preços nos últimos dois dias.

Também em Chicago, o milho, produto menos afetado pela disputa comercial entre os dois gigantes, teve queda nesta quarta-feira (5), recuando para US$ 3,8425 por bushel (25,40) no contato de março de 2019.

Os preços no mercado brasileiro também foram afetados. Expectativa de queda das tarifas impostas pelos dois países provocam recuo dos prêmios recebidos pela soja exportada pelos brasileiros.

Nesta quarta, a oleaginosa brasileira era negociada com prêmio de US$ 0,40 em relação aos preços de Chicago. No início de outubro, o valor era de US$ 1,12.

Os prêmios no porto de Paranaguá caem também porque a safra brasileira de soja se aproxima. O desenvolvimento das lavouras indica, por ora, uma boa produção.

Com a queda dos prêmios e incertezas quanto ao acordo entre China e Estados Unidos, a soja perde preços também no mercado interno.

A soja disponível para venda esteve cotada, nesta quarta-feira, a R$ 76,50 por saca em Cascavel (PR) e a R$ 64,5 em Sorriso (MT).

Para a entrega em fevereiro do próximo ano, a saca também teve leve recuo. Caiu para R$ 71,50 na cidade paranaense e para R$ 60,40 na mato-grossense.

Os dados são da AgRural, de Curitiba (PR).

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