Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Brasil garante as exportações de etanol dos Estados Unidos em 2018

Americanos colocaram volume recorde de 6,45 bi de litros no mercado externo; brasileiros ficaram com 25%

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O Brasil salvou as exportações de etanol dos Estados Unidos. Pelo menos 25% das vendas externas dos americanos vieram para o mercado brasileiro.

Ao todo, as exportações do Estados Unidos atingiram o recorde de 6,45 bilhões de litros em 2018, segundo informações da RFA (Renewable Fuels Association), com base em dados do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Placa com o percentual de etanol de 15% na gasolina americana em posto em Iowa
Placa com o percentual de etanol de 15% na gasolina americana em posto em Iowa - Jim Young - 17.mai.15/Reuters

O Brasil, conforme informações do governo americano, foi buscar 1,6 bilhão de litros de etanol no mercado dos Estados Unidos.

Pelos dados brasileiros, as importações somaram 1,4 bilhão. Essa diferença se deve aos períodos de saída de um país e de entrada no outro.

 

O Brasil, que criou um parque industrial para oferecer etanol para o mundo, acabou tendo importações e exportações praticamente idênticas no ano passado.

Já os Estados Unidos, que importavam 540 milhões de litros há dez anos, 7% do consumo total, compraram apenas 0,5% do que consomem no ano passado.

A importação dos EUA praticamente saiu toda ela dos portos brasileiros para os da Califórnia, estado que tem uma legislação mais rígida em relação ao padrão de baixo carbono.

Há dez anos, os Estados Unidos completavam a demanda por etanol com importações de 1,45 bilhão de litros. No ano passado, o saldo líquido entre exportações e importações foi de 6,2 bilhões de litros.

Conforme a RFA (associação do setor), o etanol rendeu US$ 2,75 bilhões no ano passado. As receitas brasileiras com as exportações foram de US$ 741 milhões.
 

 

Europeus compram menos e exportam mais carne de aves

O mercado de frango da Europa fica cada vez mais difícil para os brasileiros. Além de buscar o produto em outros países, os europeus aumentam a produção e ficam com uma dependência menor.

No ano passado, as importações de carne de frango da União Europeia foram de 791 mil toneladas, conforme dados divulgados nesta semana pelo Eurostat. É a segunda queda anual seguida.

Já as exportações de carne de aves dos europeus somaram 1,77 milhão de toneladas. O volume das vendas externas vem subindo ano a ano. O de 2018 supera em 17% o de há três anos.

Esse movimento do mercado europeu não está sendo bom para os brasileiros. No ano passado, as exportações do Brasil para a União Europeia recuaram para 296 mil toneladas, 26% menos do que as de 2017.

No mesmo período, as da Tailândia subiram 12% e o país asiático se manteve na liderança das exportações para a União Europeia, tradicional posição ocupada pelo Brasil.

Enquanto as exportações de carne de frango do Brasil para a União Europeia caem, as do Chile e da Argentina aumentam.

Nos cálculos da União Europeia, no entanto, os custos de produção no Brasil continuam bem mais favoráveis do que os dos Estados Unidos e os da Europa. Chegam a ser de 35% a 40% menores.

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