Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Países islâmicos ficam com 16% das exportações do agro brasileiro

No ano passado, gastos do bloco somaram US$ 16,4 bi no Brasil, diz consultoria

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Os países islâmicos são o terceiro maior importador de produtos do agronegócio brasileiro. Em 2018, dos US$ 102 bilhões comercializados pelo Brasil, esse grupo ficou com US$ 16,4 bilhões: 16% do total.

Os dados são da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), com base em informações do Agrostat, do Ministério da Agricultura.

A CNA considerou países islâmicos um bloco composto de 52 nações, nas quais mais de 50% da população se classifica como muçulmana.

Embarque de gado vivo em navio no porto de Santos com destino à Turquia
Embarque de gado vivo em navio no porto de Santos com destino à Turquia - Paulo Whitaker - 2.dez.17/Reuters

A liderança nas compras de produtos brasileiros relacionados ao agronegócio é da China, que adquiriu o correspondente a US$ 35,6 bilhões no ano passado, seguida da União Europeia, com US$ 17,8 bilhões.

As importações agropecuárias brasileiras dos países islâmicos se limitam a US$ 1 bilhão, tendo como destaque o óleo de dendê (US$ 253 milhões em 2018).

Azeitonas, coco, avelã, damasco e sardinha congelada também fazem parte da lista dessas importações.

Já as compras dos países islâmicos feitas no Brasil têm como lideranças o açúcar (US$ 3,8 bilhões) e o milho (US$ 2,3 bilhões), além de carne de frango, carne bovina e soja.

A CNA colocou o farelo de soja como um dos produtos com o maior potencial que o Brasil tem para vender aos islâmicos. As portas desses países estão abertas também para fumo e café.

Pelo menos 73% das exportações brasileiras para esses países se referem a produtos do agronegócio, enquanto as importações brasileiras agropecuárias se limitam a 8% do total de compras.

Café Com as exportações de 2,9 milhões de sacas no mês passado, o país já colocou 30,9 milhões de sacas no mercado externo nesta safra (julho de 2018 a março de 2019), o maior volume dos últimos cinco anos no período. Os dados são do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Foliar A indústria brasileira de nutrição faturou R$ 7,6 bilhões no ano passado, com crescimento de 19,3% sobre o ano anterior. O segmento de fertilizante foliar representou 71% do total faturado, segundo a Abisolo (Associação Brasileira de Tecnologia em Nutrição Vegetal).

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