Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Descrição de chapéu Coronavírus

Coronavírus eleva demanda e preço do suco de laranja

Produto registra nesta quinta-feira (26) a maior alta na Bolsa de commodities de Nova York desde abril de 2019

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Com o agravamento do coronavírus, o mundo parece que está redescobrindo o suco de laranja. Muitos, que tinham deixado o produto devido aos efeitos das calorias e do açúcar, começam a ver nele uma fonte de vitamina C e maior sustentação da imunidade.

É o que mostram os números do mercado futuro da Bolsa de Nova York de commodities soft, mercado que negocia açúcar, cacau, café, algodão e suco de laranja.

Este último vem se destacando nos últimos dias. Os contratos com vencimento em maio atingiram 121 centavos de dólar por libra-peso nesta quinta-feira (26), o maior valor desde abril de 2019.

O suco subiu 20% em uma semana no mercado futuro e acumula evolução de 22% em 30 dias, a principal alta da Bolsa no período. A alta se deve à procura maior pelo produto.

À exceção do café, que também vem subindo e acumula variação positiva de 20% nos últimos 30 dias, as demais commodities registram fortes quedas.

Ibiapaba Netto, diretor executivo da CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos), diz que agentes do setor informam à entidade uma demanda crescente em grandes consumidores como Estados Unidos, União Europeia e China.

Os dados da evolução só serão conhecidos, porém, a partir do próximo mês, quando o Brasil terá à disposição as informações sobre exportações e resultados de pesquisas de varejo.

Para ele, essa demanda vem tanto da busca do produto devido ao coronavírus como também de uma antecipação de compras dos consumidores. As próximas semanas vão definir melhor essa tendência.

O Brasil é o líder mundial em exportações de suco de laranja. Colocou 781 mil toneladas de julho de 2019 a fevereiro de 2020. A safra mundial termina em junho. O volume já exportado nesta safra supera em 19% o da anterior.

Embora não seja o principal mercado em volume para o Brasil, a China é o país que registra a maior evolução percentual nas importações feitas no mercado brasileiro. As vendas nacionais para o país asiático somam 34 mil toneladas nesta safra, 61% mais do que na anterior.

A União Europeia, líder em importações no Brasil, elevou o volume para 539 mil toneladas, com aumento de 29%.

No final do ano passado, os estoques de suco brasileiro nos mercados interno e externo somavam 854 mil toneladas, 42% mais do que os de dezembro de 2018.

Os estoques, que eram de 1 milhão de toneladas em 2014, caíram para 497 mil toneladas em 2016 e, após essa data, vêm se recuperando.

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