Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Brasil eleva participação mundial no agro nesta década

Projeção americana vê brasileiros mais bem posicionados em carnes e em grãos

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Esta vai ser mais uma década favorável ao Brasil. O Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) fez as projeções agropecuárias para os próximos dez anos, e os dados mostram uma certa acomodação dos americanos no cenário mundial, mas um bom avanço dos brasileiros.

Após a pandemia, haverá uma retomada do crescimento mundial, abrindo espaço ainda maior para a agropecuária. O bom crescimento das exportações agrícolas será capitaneado pelos países em desenvolvimento, que serão responsáveis por 80% da nova demanda por alimentos.

Esses países terão uma população mais urbanizada e com renda maior. Já os países ricos buscam uma dieta mais controlada e terão participação menor no comércio mundial.

Puxado principalmente pelo crescimento da demanda na Ásia, o comercio mundial de carnes deverá crescer 17%, o de milho, 23%, e o de soja, 27% nesta década.

Brasil, como grande fornecedor, e China, como grande compradora, terão presenças importantes nesse setor.

Soja e milho continuam sendo dois dos principais produtos comercializados no mundo. O comércio mundial de soja, em 2030, será de 219 milhões de toneladas, 31% mais do que o atual. O Brasil participará com 55% desse mercado, segundo o Usda.

Os americanos, com participação de 34% nas exportações mundiais de soja atualmente, fornecerão apenas 29% em 2030. O Usda prevê uma exportação brasileira de 122 milhões de toneladas no final desta década.

No caso do milho, o Brasil deverá atingir 60 milhões de toneladas em exportações. Com isso, a participação do país sobe, dos atuais 22%, para 26% no mercado mundial. Os americanos, que exportarão 70 milhões de toneladas, terão participação reduzida para 30,5%.

O Brasil avança também no setor de algodão. As exportações deverão crescer 4,6% ao ano, asseguradas por aumentos de área e de produtividade. Os americanos continuarão líderes no comércio mundial, mas a participação deles cairá para 32% em 2030, abaixo dos 36% atuais.

O Brasil segue firme ainda na produção e na exportação de proteínas, segundo o Usda. A demanda chinesa elevará o comércio mundial de carne bovina para 13 milhões de toneladas, em 2030. O Brasil terá 29% de participação nessas exportações.

O mercado mundial de carne suína também será de 13 milhões de toneladas, com a participação brasileira subindo para 1,8 milhão de toneladas, 50% a mais do que atualmente. O país assumirá a terceira posição entre os exportadores, desbancando o Canadá.

Líder mundial em exportações de carne de frango, o Brasil deverá elevar ainda mais a sua presença no mercado externo. Fornecerá 5,8 milhões de toneladas no final desta década, volume que somará 34% das necessidades de importações mundiais.

O comércio mundial de carne de frango atingirá 17 milhões de toneladas em 2030. Estados Unidos e União Europeia serão o segundo e o terceiro maiores exportadores.

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