Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Alta do dólar inibe importações de milho

Preço do cereal permanece estável, mas em patamar elevado

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São Paulo

O mercado do milho continua parado. A saca está próxima de R$ 90 desde o início do mês, conforme cotações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Ainda caro na avaliação dos compradores, mas barato na dos vendedores, que aguardam novas altas.
As indústrias esperavam que as importações, que já são recordes neste ano, pudessem dar um suporte mais baixo para o cereal.

A continuidade da taxa do dólar bastante elevada, porém, dificulta as compras externas. Nesta terça-feira (19), a moeda norte-americana subiu para R$ 5,59, com evolução de 1,35% no dia.

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Lavoura de milho no norte do Paraná - Mauro Zafalon - 15.jul.2019/Folhapress

De janeiro a setembro, o país importou 1,63 milhão de toneladas de milho, no valor de US$ 352 milhões (R$ 1,9 bilhão, na cotação atual). O aumento do volume, em relação ao mesmo período do ano passado, foi de 125%.

Já as exportações, devido à quebra da safrinha, recuaram para 12,8 milhões de toneladas até setembro, 35% menos do que as de janeiro a setembro de 2020.

A chegada de milho importado nos portos neste mês continua com ritmo bem superior ao do ano passado. Segundo a Secex, as compras externas somaram 28 mil toneladas por dia útil neste mês, 44% a mais do que em setembro.

Diante dos preços ainda elevados do milho, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), mediante uma portaria interministerial, foi autorizada a adquirir até 110 mil toneladas do cereal para as operações de venda em balcão para os pequenos criadores.

Os recursos orçamentários para a subvenção do programa, porém, foram limitados em R$ 80 milhões para essa compra.

Leite O preço do litro do produto captado em agosto, e pago em setembro, atingiu R$ 2,38 no campo, uma evolução de 1% em relação ao valor anterior, segundo o Cepea.

Leite 2 Natália Grigol, pesquisadora da entidade, acredita, no entanto, que o preço do leite perca força neste mês, apesar do aumento dos custos de produção para os produtores.

Leite 3 Este é um período sazonal de maior oferta de produto no mercado, devido ao retorno das chuvas. Além disso, as empresas, diante da queda de renda da população, não conseguem repassar novos valores.​

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