Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Para gerar conhecimento, produtores de milho têm concurso de produtividade

Objetivo é avaliar diferenças e permitir trocas de informações, o que já ocorre na soja

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O setor de milho, a exemplo do que já faz o de soja, criou um concurso entre produtores para verificar quem obtém a maior produtividade nas lavouras do cereal.

O Getap (Grupo Tático para Aumento de Produtividade), como é chamado, fará a primeira divulgação de resultados em um fórum híbrido nos dias 10 e 11 do próximo mês.

O primeiro concurso, com base na safra recente, incluiu 52 produtores e terá resultados surpreendentes, segundo Anderson Galvão, coordenador do Getap e diretor da consultoria Céleres.

A proposta dessa ação é a de sinalizar qual é diferença produtiva entre os agricultores e difundir conhecimentos.

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Lavoura de milho no norte do Paraná - Mauro Zafalon - 15.jul.2019/Folhapress

Alguns agricultores já atingem 200 sacas por hectare na safrinha no plantio de sequeiro. Nessa vanguarda, porém, não estão necessariamente os que gastam mais na produção, mas os que investem de maneira mais inteligente, diz o coordenador do Getap.

Para ele, a busca de maior produtividade é importante. "Se o Brasil não evoluir, o custo de produção de carne de frango, por exemplo, poderá ficar mais barato em um outro concorrente. E é para lá que irá a produção dessa proteína."

Alguns fatores apontam que a necessidade de o país elevar a produtividade rapidamente. A produção de proteínas tem crescimento constante. Além disso, a indústria de etanol, embora ainda recente, deverá atingir 10% da oferta desse combustível neste ano.

O comércio externo também é importante e tem um papel regulador do mercado. Galvão acredita que, nos próximos dez anos, o país exporte pelo menos 60 milhões de toneladas do cereal.

A demanda global por milho virá da China, do Norte da África, do Oriente Médio e de outros mercados. O cereal deverá seguir o caminho da soja que, a partir do ano 2000, teve um crescimento contínuo, graças à ação chinesa, segundo Galvão.

Para 2021/22, a Céleres prevê uma evolução da área de plantio da safra de verão para 4,6 milhões de hectares. Já a de inverso atingirá 16,9 milhões. A produção total do período deverá atingir 120 milhões de toneladas.

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