Vinicius Torres Freire

Jornalista, foi secretário de Redação da Folha. É mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA).

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Vinicius Torres Freire

Economia deve crescer menos que o 1,1% do ano passado

Primeiros indícios são de que o segundo trimestre foi fraco, embora tenha ficado no positivo

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Antes da divulgação do PIB, previa-se que a economia brasileira cresceria 1,23%, segundo a mediana das estimativas da quase centena de economistas recolhidas semanalmente pelo Banco Central. Parece improvável que acertem. Isto é, as previsões de crescimento vão continuar a diminuir.

O país deve crescer menos do que 1,1%, que foi o avanço quase nulo de 2018 e também o de 2017. Lembrete: na melhor década recente da economia, de 2004 a 2013, a economia cresceu em média 4% ao ano.

Para chegar a tanto, a esse mirrado 1,23%, seria preciso que o PIB avançasse pouco mais de 0,7% por trimestre restante do ano –o crescimento do trimestre final de 2018 foi de 0,1% e, no primeiro trimestre deste ano, a economia na verdade encolheu 0,2%, segundo os dados do PIB divulgados nesta quinta-feira (30) pelo IBGE.

Desde 2013, o ano anterior ao do início da recessão, em apenas dois trimestres o país cresceu mais que 0,5% (no segundo de 2013 e no primeiro de 2017).

Não se trata de dizer que não pode haver uma recuperação algo mais rápida da economia, ainda mais porque o nível de produção anda tão baixo que não é preciso grande esforço para acelerar o PIB.

No entanto, os primeiros indícios são de que o segundo trimestre foi fraco, embora tenha ficado no positivo. No terceiro trimestre, empresas e até consumidores ainda estarão esperando sinais de melhora futura, como a reforma da Previdência e, assim, perspectivas algo mais animadoras para gastar e investir mais. Seria improvável também uma aceleração rápida no terceiro trimestre, pois. Sobra o trimestre do Natal, o último do ano.

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