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Livro vai contar história de jornalista que driblava nazistas e abrigava judeus

Brasileira vai publicar obra sobre Ruth Andreas-Friedrich, que defendeu o humanismo sob os olhos do Reich

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Uma jornalista alemã que de dia trabalhava para a imprensa oficial nazista e de noite abrigava judeus em seu apartamento, salvando-os da morte. Essa é a história de Ruth Andreas-Friedrich, que vai ser publicada num livro inédito da editora Folhas de Relva.

Luciana Rangel, que foi produtora da TV Globo por mais de dez anos na Alemanha, adapta sua tese de mestrado neste novo livro, revelando como a alemã conseguia inserir nos textos da publicação diária do governo protestos contra o método de educação nazista, por exemplo.

Ruth Andreas-Friedrich
A jornalista alemã Ruth Andreas-Friedrich (1901-1977) - Reprodução

“Ela tinha que manter seu emprego para sustentar o marido maestro, que tinha sido afastado, e a filha, além dos judeus em fuga. Mas ainda conseguia defender nos textos valores humanistas”, diz a autora.

O livro deve chegar até o final do ano, enquanto Rangel avança o doutorado sobre o trabalho de jornalistas mulheres à sombra do autoritarismo, na Universidade de Bielefeld.

CARA E COROA O cartunista Adão Iturrusgarai, que publica diariamente na Folha, ilustra a nova edição do clássico “O Médico e o Monstro” que a Antofágica lança em agosto —veja amostras abaixo. O livro tem ainda apresentação do escritor Raphael Montes.

CAIO F. VIVE O Mix Literário, braço de livros do tradicional Festival Mix Brasil, vem com uma novidade este ano: o Prêmio Caio Fernando Abreu de Literatura, voltado à promoção de livros que abordem a diversidade sexual, de gênero e a cultura queer. O vencedor do prêmio, de abrangência nacional, vai ter sua obra publicada pela Editora Reformatório. Autores e autoras, estreantes ou não, podem enviar seus inéditos até 31/8.

​​RAINHA DE BIQUÍNI A Biblioteca Azul vai lançar uma coletânea inédita de Sylvia Plath, “Johnny Panic e a Bíblia de Sonhos”, que reúne contos, ensaios e trechos de diários. Como diz Margaret Atwood na apresentação, é um livro que sugere “que alguém escarafunchou gavetas de escrivaninha que a autora, se viva estivesse, sem dúvida manteria firmemente trancadas”. “Foi um susto comparável a ver a Rainha de biquíni”, afirma ela.

MAIS UM TETO E a Autêntica prepara uma nova tradução de uma das obras mais complexas de Virginia Woolf, “As Ondas”, por Tomaz Tadeu. O livro apresenta reflexões interiores de seis personagens ao longo de toda a vida, num experimentalismo desafiador. Deve sair até o final do ano.

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