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Burocracia barra maioria dos livros no prêmio da Biblioteca Nacional

Mais de 800 obras ficaram inabilitadas de concorrer por confusão com edital

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Um grande número de editoras e autores encontraram problemas para efetivar suas inscrições no prêmio da Biblioteca Nacional, um dos mais importantes troféus literários do país.

Mais de 800 obras foram consideradas inabilitadas pela organização do prêmio, de um total de 1.380, por causa de contratempos burocráticos.

As casas culpam um edital confuso e com exigências cheias de ambiguidades. Foi a primeira vez que o prêmio abriu margem para o envio de um arquivo digital do livro concorrente —até o ano passado, eram necessárias apenas cópias impressas.

Muitos foram recusados por se esquecerem de incluir uma marca d’água obrigatória no arquivo virtual. Outros, por não anexar devidamente um documento chamado comprovante de depósito legal.

Houve ainda problemas com o reconhecimento do ISBN, o registro internacional de identificação dos livros, que passou a ser emitido neste ano pela Câmara Brasileira do Livro. Até ano passado, a emissão era responsabilidade da própria Biblioteca Nacional, entidade ligada ao governo federal.

A confusão afetou até mesmo editoras de grande porte, como Companhia das Letras e Record, que tiveram livros inabilitados no prêmio.

A Biblioteca Nacional diz que está “contornando todas as dificuldades" e "oferecendo assistência a todos os candidatos”. O órgão diz que fará o máximo para flexibilizar as comprovações exigidas, sem desrespeitar sua importância. A fase de recursos vai até segunda-feira, mas o órgão cogita estender esse prazo. Procurada, a CBL não se manifestou.

mafalda
O quadrinho acima estará na antologia ‘Mafalda: Feminino Singular’, que a WMF Martins Fontes lança em dezembro, ressaltando o aspecto mais feminista da personagem  - Divulgação

FAÇAM SUAS APOSTAS A entrega do próximo Nobel de literatura é na próxima quinta-feira, e as casas de apostas estão pondo suas fichas nos suspeitos de sempre. Na Ladbrokes, principal rede do tipo no Reino Unido, lideram a lista a francesa Maryse Condé, a russa Lyudmila Ulitskaya e o japonês Haruki Murakami.

JÁ TE VI Todos esses nomes são figurinhas carimbadas todo ano nas apostas do Nobel —assim como a canadense Margaret Atwood e o queniano Ngugi Wa Thiong’o, que ocupam as posições seguintes. Mas o prêmio, nos últimos anos, trouxe surpresas como Olga Tokarczuk e Bob Dylan.

A ESTREIA A José Olympio vai publicar, ainda neste mês, o primeiro livro escrito por Alice Walker, “A Terceira Vida de Grange Copeland”. A obra da autora de “A Cor Púrpura” era inédita por aqui até uma edição restrita ao clube TAG.

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