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Jabuti escanteia mulheres em indicações de ciências, reportagem e quadrinhos

Homens são 9 dos 10 finalistas entre as biografias, enquanto nos livros científicos não há autoria 100% feminina

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O prêmio Jabuti, que divulgou nesta semana a lista dos finalistas deste ano, tem conseguido manter alguma paridade de gênero nas categorias literárias. Mas as indicações de não ficção seguem com uma maior predominância de homens.

Na categoria biografia, documentário e reportagem, nove dos dez indicados são do sexo masculino —a exceção é a pesquisadora Jaqueline Fraga, que lançou “Negra Sou” de forma independente.

Nos livros de ciências, não há nenhuma obra de autoria 100% feminina. Apenas um volume sobre astrofísica e outro sobre biologia marinha têm participação de mulheres, em coautoria.

Nas categorias de ciências sociais, humanas e de economia criativa, há 40% de livros com autoria feminina.

Já no lado literário, a categoria que escanteia mais as mulheres é a de histórias em quadrinhos. Uma graphic novel da Tina, personagem de Mauricio de Sousa, rendeu uma indicação à autora Fefê Torquato, e “O Obscuro Fichário dos Artistas Mundanos” traz duas mulheres entre seus seis autores. Mas é só isso.

Nas crônicas, sete dos dez finalistas são homens. Os romances literários se dividem meio a meio, entre autoras e autores. E elas alcançam maioria só na categoria de contos.

quadrinho de mulher em transição de gênero
Trecho do quadrinho francês "Degenerado", de Chloé Cruchaudet, que chega ao país pela editora Nemo - Divulgação

FALANDO EM PRÊMIO A fase de análise dos recursos às inscrições no prêmio literário da Biblioteca Nacional fez com que o número de livros habilitados a concorrer saltasse de 512 para 1.151, em um universo de 1.376 obras inscritas.

CARIMBO Como noticiou esta coluna, seis em cada dez títulos inscritos para o prêmio haviam sido barrados por questões burocráticas, como falta de documento ou ausência de marca d’água no arquivo digital do livro. Editoras acusaram o edital deste ano de ser excessivamente confuso.

DE TODO MODO Os vencedores do prêmio da Biblioteca Nacional serão, enfim, conhecidos no final de novembro.

ASSÉDIO A HarperCollins vai publicar uma nova edição de “Diário de uma Escrava”, livro sobre meninas sequestradas para exploração sexual que vendeu mais de 50 mil exemplares pela sua casa antiga, a Darkside. A obra da escritora gaúcha Rô Mierling vai ser editada em versão impressa e em ebook no primeiro semestre do ano que vem.

RETRATO DO ARTISTA... Será lançada em novembro a plataforma Vida de Escritor, um portal que oferecerá serviços como palestras, oficinas e mentorias para quem está escrevendo seu livro. O projeto terá fóruns, podcasts e uma revista literária —além de um novo concurso que premiará um autor inédito com R$ 10 mil.

...QUANDO ONLINE A plataforma vai ao ar no próximo dia 3, com um ciclo de palestras que terá Noemi Jaffe, Emilio Fraia, Amara Moira e Paulo Scott.

PETIT MONDE A jornalista Juliana Sayuri, doutora em história social pela USP, publica obra sobre o posicionamento dos intelectuais do jornal Le Monde Diplomatique, grife do pensamento público francês, sobre questões relativas ao Islã e ao Oriente Médio, como o atentado contra as Torres Gêmeas e a Primavera Árabe. “Paris - Palestina” sai pela editora Appris.

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