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Fósforo, editora gestada na pandemia, começa a publicar seus livros no ano que vem

Linha editorial será variada, mas haverá atenção especial para obras que ligam ciência e humanidades

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A nova editora Fósforo, que deve começar suas publicações no próximo semestre, pretende imprimir ao seu trabalho editorial a mesma paciência com que tem sido, ela mesma, preparada —afinal, foi quase toda gestada em tempos de pandemia.

Rita Mattar, sócia da casa junto com a editora Fernanda Diamant e com o advogado Luís Francisco Carvalho Filho, colunista deste jornal, afirma que a “calma compulsória” foi importante para amadurecer o projeto. E que isso vai se refletir na atenção conferida a cada livro e a cada autor.

A linha editorial se pretende variada na divisão entre ficção e não ficção, épocas e nacionalidades dos escritores. E deve trazer 24 novos livros às prateleiras no seu primeiro ano de funcionamento.

desenho de bocas onduladas
Ilustração de Luli Penna para 'Milágrimas', livro baseado na letra de Alice Ruiz que inaugura o novo selo o.Tal, da editora Caixote - Luli Penna/Divulgação

Haverá uma atenção especial à intersecção entre divulgação científica e humanidades, ou, nas palavras de Mattar, a obras que se preocupem com “a ciência numa perspectiva implicada na sociedade”. Uma coleção de ensaios chamada Biblioteca Infinita deve sair um ano depois do lançamento da editora.

Mattar destaca também que a Fósforo, antes mesmo de sua inauguração, já se coordena com mais nove editoras da América Latina num prêmio de não ficção, chamado Latinoamérica Independiente​, cujo vencedor vai ser publicado por todas as casas. Ou seja, em ao menos dez países.

“Para mim esse projeto diz muito sobre quem somos nós. Mistura a vontade de encontrar vozes de novos autores, o trabalho colaborativo com outras editoras e um certo trânsito no mercado internacional”, afirma Mattar.

A sócia da nova casa foi editora na Companhia das Letras e depois seguiu para a Três Estrelas, selo editorial do Grupo Folha. Está nos planos, inclusive, relançar uma ou outra obra publicada nesta última casa, com novas roupagens.

É uma maneira, segundo ela, de “manter vivo o legado editorial de Otavio Frias Filho”, que foi diretor de Redação deste jornal de 1984 até sua morte, em 2018, e de quem Diamant é viúva.

BIBLIOTECA NEGRA Entre as principais apostas da editora Figura de Linguagem para o próximo ano, estão obras inéditas do filósofo afro-americano Cornel West, “Dimensões Éticas do Pensamento Marxista”, da escritora sul-africana Futhi Ntshingila, “Sem Vergonha”, e um tomo de crônicas da brasileira Cidinha da Silva.

O AVESSO DA PROSA No segundo semestre, a casa prepara o primeiro livro de poesia de Jeferson Tenório, autor do romance “O Avesso da Pele” que fala na Flip neste domingo.

NOVA ESCÓCIA E a editora Intrínseca já tem os direitos de publicação de “Shuggie Bain”, obra de estreia do escocês Douglas Stuart que acaba de vencer o prêmio Booker.

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