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Mario Prata completa 60 anos de carreira e publica na Record seu próximo livro

Lançamento é aposta da nova gestão de Rodrigo Lacerda, que assumiu em janeiro como editor-executivo

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A editora Record vai publicar o próximo livro do veterano cronista Mario Prata, que completa 60 anos de carreira.

Se soa estranho um marco de tanta longevidade para um autor de 75 anos, ele explica que conta desde a época em que, adolescente, escrevia coluna social em um jornal de Lins, no interior paulista.

O escritor lembra que já com 16 anos, no Última Hora, era responsável por comentar os acontecimentos de sua região numa página que congregava várias cidades. Quem fazia Campinas, conta dando risada, era Orestes Quércia.

mario de braços cruzados
O escritor Mario Prata, que completa 60 anos de carreira e publica novo livro - Divulgação

O novo livro é um romance sobre a criação do futebol no século 19, com sólida pesquisa histórica e a verve humorística típica do escritor, afirma o editor Rodrigo Lacerda.

Lacerda assumiu como editor-executivo do grupo Record em janeiro, em substituição a Carlos Andreazza, que saiu da editora para se dedicar ao jornalismo. Prata é um dos primeiros contratos feitos sob sua gestão, que intenciona ter um olhar mais próximo da produção literária brasileira.

Também partiu de Lacerda a contratação dos três livros de J.P. Cuenca que a editora lança até 2022. Ele fechou ainda o próximo romance de Sérgio Abranches, também cientista político, e prevê novos trabalhos de Carla Madeira, cujo “Tudo É Rio” foi comprado pela editora após ter feito sucesso no boca a boca.

“A ideia de me contratar era mesmo dar mais ênfase à literatura brasileira”, afirma Lacerda, que também é um escritor premiado. Em não ficção, ele aponta que a concentração em livros de conjuntura política estava grande demais para o seu equilíbrio pessoal.

“O que vai diferenciar o meu toque é que nessa área de não ficção, brasileira e estrangeira, havia muita ênfase em livros-reportagem, em política, em economia, e eu, sem deixar de fazer isso, quero abrir para gêneros como relatos de viagem, história, crônica.”

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MUITO ALÉM DA AMARELINHA - A Companhia das Letras divulgou as capas da coletânea de contos completos de Julio Cortázar, que sai em junho com mais de 1.200 páginas e novas traduções - Divulgação

IDENTIDADE Sai em 5 de junho a primeira edição da revista Afroliterária, dedicada à promoção da literatura negra, com contos, artigos, entrevistas e ilustrações produzidas só por pessoas negras. A publicação digital de estreia, centrada no afrofuturismo, trará autores como Alê Santos, Lu Ain-Zaila e Waldson Souza.

EM DUPLA A livraria virtual Dois Pontos, na estreia de seus dois clubes de assinatura, aposta em obras de escritoras latinas. No Bússola, clube de não ficção, vem “O Mundo Desdobrável”, de Carola Saavedra, que a Relicário lança em junho. No Histórias Irresistíveis vem o ficcional “Kentukis”, da argentina Samanta Schweblin, que sai em julho pela Fósforo. Os clubes trarão sempre livros ainda no prelo.

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