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Carlos Heitor Cony terá romance póstumo e inédito sobre religioso desiludido

Nova Fronteira publica 'Paixão Segundo Mateus' a partir de manuscrito achado após doação da família do autor

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Um romance inédito deixado por Carlos Heitor Cony será revelado pela primeira vez ao público em julho, em um volume póstumo publicado pela editora Nova Fronteira.

O manuscrito de "Paixão Segundo Mateus" foi encontrado depois que a família do escritor doou, no ano passado, seu acervo completo para a Academia Brasileira de Letras, da qual Cony era membro. O então presidente da Academia, Marco Lucchesi, recomendou que o texto fosse publicado.

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O escritor Carlos Heitor Cony, morto em 2018 aos 91 anos, que terá obra póstuma publicada - Ricardo Borges/Folhapress

A família do jornalista, que escreveu colunas para este jornal por quase 30 anos, estima que a obra tenha começado a ser elaborada na década de 1990. É a primeira publicação póstuma do autor de "Quase Memória", que morreu em 2018 aos 91 anos.

O romance acompanha um jovem seminarista que se desencanta com a religião —uma trama que encontra eco na própria biografia do escritor, que passou sete anos na clausura do Seminário Arquidiocesano de São José. A trama de Mateus se mescla com o assassinato misterioso de uma mulher, cujo corpo aparece estirado numa calçada.

SUBO NESSE PALCO A Temporal, editora especializada em teatro, prepara uma boa leva de textos inéditos de dois autores francófonos. Já em julho, sai uma edição crítica com duas obras teatrais de Marguerite Duras, escritora que tem sido alvo de grande interesse no mercado brasileiro. O volume inclui "La Musica", peça escrita pela francesa em 1965 e montada no Brasil em 2009, e "La Musica Segunda", de 1985, ambas com tradução de Angela Leite Lopes.

FALANDO EM DURAS... A Relicário segue em julho seu amplo projeto de resgate da escritora com "Moderato Cantabile" —e acaba de fechar contrato para publicar os romances "Uma Barragem Contra o Pacífico", de 1950, e "O Arrebatamento de Lol V. Stein", de 1964.

SÓ QUEM SABE ONDE É LUANDA E em outubro, a Temporal publica "Uma Temporada no Congo", do martinicano Aimé Césaire, outro que tem ressurgido nas livrarias. A peça de 1966 foi traduzida a seis mãos por Maria da Glória Magalhães dos Reis, Juliana Mantovani e João Vicente e sai com texto de apoio do professor Kabengele Munanga, da Universidade de São Paulo. Para o ano que vem, estão programadas ainda as peças "Uma Tempestade" e "E os Cães se Calaram...".

SABERÁ LHE DAR VALOR A Record vai relançar em novembro "A Natureza da Mordida", segundo livro escrito pela best-seller Carla Madeira. Os outros dois livros da escritora mineira, "Tudo É Rio" e "Véspera", já somam mais de 100 mil exemplares vendidos na editora.

FOGO ETERNO PRA AFUGENTAR O projeto Sempre um Papo, tocado por Afonso Borges, volta a ter edições presenciais em São Paulo no próximo dia 29, agora no Sesc Vila Mariana. Os encontros começam com Eliana Alves Cruz, autora de "Solitária", e seguem toda última quarta-feira do mês com Jeferson Tenório, Conceição Evaristo e Itamar Vieira Junior. Tom Farias, colunista deste jornal, conduz as entrevistas com Borges até o final do ano.

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