Alex Atala mata galinha ao vivo em evento na Dinamarca; veja vídeo
No início desta semana, vários dos maiores chefs do planeta reuniram-se sob uma tenda de circo em Copenhague, na Dinamarca, para participar do MAD Food Camp, evento gastronômico organizado por René Redzepi, chef-proprietário do Noma, considerado o segundo melhor restaurante do mundo pela revista "Restaurant".
As palestras culminaram com fortes vídeos exibidos por Alex Atala, do restaurante paulistano D.O.M., de animais sendo degolados e destrinchados.
Ao final, o chef matou uma galinha no palco torcendo seu pescoço, para demonstrar que morte e comida estão intrinsecamente ligadas, segundo ele. Tratado por todos como superstar, o brasileiro encerrou o simpósio causando impacto.
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"Existem momentos transformadores nas nossas vidas, que condicionam e orientam o nosso futuro", afirmou o chef português José Avillez sobre a participação de Atala. "Este foi um deles."
Nesta terceira edição, o MAD reuniu 600 pessoas, entre cozinheiros, jornalistas, sommeliers e fornecedores de ingredientes de mais de 20 países.
Convidado a fazer a curadoria do evento, o chef David Chang, proprietário do Momofuku Ko, de Nova York, escolheu como tema "guts", palavra que em inglês tem dois significados: entranhas e coragem.
O açougueiro toscano Dario Cecchini abriu o evento levando a temática ao pé da letra: ao som da banda AC/DC, cortou a pança de um porco retirando suas tripas e intestino com as mãos.
DE DEZ A NOVENTA
Viu-se de tudo: palestrantes tinham idades e profissões variadas.
Da blogueira Martha Payne, de dez anos (lida por milhões de pessoas ao redor do mundo, financia merendas escolares na África com sua ONG Never Seconds) à engraçadíssima Diane Kennedy, 90, autora de livros sobre cozinha mexicana.
"Isso aqui não é um congresso, e sim um simpósio. Ninguém cozinha e ninguém vem para aprender receitas", disse Atala. Alberto Landgraf, chef do Epice, em São Paulo, fez coro: "Os temas são muito relevantes, e o Redzepi tem o real intuito de inspirar as pessoas".
Outro brasileiro no evento, André Mifano, do restaurante Vito, impressionou-se principalmente com o poético e impactante discurso de Cecchini, que chegou a declamar uma passagem do "Inferno" de Dante.
Além do açougueiro, favorito do público, outro que levou a plateia ao delírio foi o hilário artista David Choe, de Los Angeles, com seu discurso escatológico cuja mensagem principal era "acredite em você mesmo, não seja um covarde".
Apresentaram-se também o chef Pascal Barbot (do estrelado L'Astrance, em Paris), o cientista americano Jason Box (especialista em aquecimento global), os escritores John Reiner, Sandor Katz e Knud Romer e o jornalista Chris Ying, co-curador do evento e diretor de redação da revista americana de gastronomia cult "Lucky Peach".
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