Festival de gastronomia teve barracas que venderam mil pratos em dois dias

André Saburó, do Quina do Futuro, e Cafira Foz, do Fitó, são alguns dos chefs que participaram do evento

Aratu (crustáceo da família do caranguejo) com farofa de dendê servido no festival Fartura
Aratu (crustáceo da família do caranguejo) com farofa de dendê, servido no festival Fartura - Gabriel Cabral/Folhapress
Matheus Prado
São Paulo

Com o Festival Fartura chegando ao fim, os chefs participantes do evento finalmente têm um tempinho para descansar.

Foram dois dias intensos no Jockey Club, com cerca de mil pratos ou porções servidos em cada barraca. Além do natural contato direto com o público, a festa permitiu uma grande troca de experiências e sabores com seus pares. 

Cafira Foz, do Fitó, conta que o que prevaleceu foi a sensação de pertencimento no evento. “Por ser relativamente nova no ramo, às vezes tinha vergonha de interagir com outros chefs”, afirma.

André Saburó, do Quina do Futuro, em Recife, corrobora o sentimento, mas conta que foi difícil encontrar tempo. “Estava tudo muito corrido, mas conversamos e trocamos experiências antes da chegada do público”, brinca.

Quando conseguiu escapar de sua barraca, assim como os outros chefs, André experimentou pratos de outros profissionais. Entre os seus preferidos, o matambre (corte bovino entre a pele e a costela) recheado com pinhão e polenta de milho crioulo preparado por Rodrigo Bellora, do Valle Rústico, no Rio Grande do Sul.

Ao receber o mesmo questionamento, Rodrigo não consegue escolher só um. “São muitos sabores, o que mais gosto do festival é essa possibilidade de provar pratos completamente distintos”, diz.

Raspando o tacho. Com um olho no repórter e outro na fritadeira, Victor Dimitrow, do Peti, diz que se surpreendeu com o volume de vendas do seu bolovo. “Olha o meu estado! A gente não esperava tanta gente. Mas, fora o cansaço, o festival está demais”, conta.

Apesar das dificuldades estruturais, Luiz Filipe Souza, do Evvai, considera eventos como esse importantes para “penetrar públicos diferentes”.

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