Descrição de chapéu Obituário Joël Robuchon (1945 - 2018)

Morre aos 73 anos Joël Robuchon, o chef do século

Chef francês era dono de 32 estrelas do Guia Michelin e referência na gastronomia mundial

Joël Robuchon posa para foto em novembro de 2012
Joël Robuchon posa para foto em novembro de 2012 - Valery Hache - 17.nov.2012/AFP
São Paulo

O chef francês Joël Robuchon morreu nesta segunda (6), aos 73 anos, em Genebra (Suíça), onde residia. De acordo com o jornal Le Figaro, a causa da morte foi um câncer no pâncreas, contra o qual ele lutava há mais de um ano.

Apesar de já estar afastado há algum tempo das panelas, Robuchon era uma das grandes celebridades na gastronomia e foi eleito o "chef do século" em 1989, pelo prestigiado Guia Gault Millau. Ao longo da carreira, também acumulou 32 estrelas do Guia Michelin. Também era mundialmente reconhecido por fazer o purê de batatas perfeito.

Nascido em Poitiers, na França, em 1945, ano do fim da Segunda Guerra Mundial, Robuchon foi operado no ano passado para tentar remover um tumor no pâncreas. 

Robuchon era visto como um perfeccionista. Ele se consagrou nos anos 1980 e início dos anos 1990, quando a comida gourmet se globalizou. Robuchon se tornou cada vez mais renomado, passando de um dos chefs três estrelas mais conhecidos de Paris a um fenômeno internacional. Na França, é visto como o chef que deu início a uma era de autenticidade após a contenção da nouvelle cuisine.

“Quanto mais velho fico, mais percebo que a verdade é: quanto mais simples é a comida, mais excepcional pode ser”, disse ao Business Insider em entrevista em 2014.

“Nunca tento casar mais de três sabores em um prato. Gosto de entrar em uma cozinha e saber que os pratos são identificáveis e que os ingredientes neles são fáceis de detectar”.

Como acontece com muitos chefs famosos, sua marca acabou se tornando um negócio em si mesmo, e ele abriu restaurantes em locais como Las Vegas, Xangai, Bangcoc, Macau, Tóquio e Nova York.

Em junho deste ano sua empresa fechou seus dois restaurantes em Cingapura, que entre si compartilhavam cinco estrelas Michelin.

"O maior profissional que a cozinha francesa já teve. Um exemplo para as futuras gerações de chefs'", descreveu no Twitter Guillaume Gómez, chef do Palais de l'Élysée, residência oficial do Presidente da França.

O chef Alex Atala, que também já citou Robuchon como referência, postou uma foto dos dois juntos em sua conta no Instagram com a palavra: "Merci".

Com agências de notícias.

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