Descrição de chapéu Festival Fartura

Festival Fartura reúne 8.000 pessoas em fim de semana de frio em São Paulo

Polenta, panzerotti e torta de banana são entre os pratos mais vendidos no evento

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Público enfrenta o frio neste domingo para provar os pratos regionais no segundo dia do Festival Fartura - Keiny Andrade/Folhapress
São Paulo

​Cerca de 8.000 pessoas ignoraram a frente fria que baixou em São Paulo neste fim de semana e a crise econômica para aproveitar a diversidade da gastronomia brasileira no Festival Fartura, do qual a Folha é parceira, encerrado neste domingo (4) no Jockey Club.

“Enfrentamos o clima, um ano adverso em termos econômicos e a dificuldade logística de trazer chefs e produtores de todo o país”, diz Rodrigo Ferraz, diretor geral do Fartura. Neste domingo, o público formava filas para provar sabores inusitados como carne de bode, jambu e tucupi no espaço Chefs e Restaurantes.

​O panzerotti recheado de queijo com ragu de linguiça, do chef Matheus Zanchini, do restaurante Borgo (SP), e a polenta de milho crioulo branco com fonduta de queijo e cogumelos selvagens, da chef paranaense Gabriela Carvalho, do Quintana Gastronomia, foram os campeões entre os pratos quentes, com mais de 700 porções servidas de cada.

De sobremesa, difícil concorrer com o marketing presencial do chef Leonardo Macedo, do Nanica (SP), que anunciava para os frequentadores sua torta banoffee como a “melhor torta do mundo”. Foram mais de 1.300 pedaços nas duas versões: banana com doce de leite e banana com Nutella. A versão raiz saiu na frente.

Para harmonizar, muito vinho: foram consumidas 4.100 garrafas.

“Estamos conseguindo mostrar essa questão da origem ao prato. Você começa a despertar nas pessoas questões como: 'de onde veio esse sorvete?'”, diz Ferraz.

“É muito satisfatório movimentar a cadeia do alimento, uma das principais missões da plataforma”, afirma a jornalista Luiza Fecarotta, curadora do evento.

O casal Carlos Xavier, 39, e Ayla Fernandes, 30, que trabalha na área de tecnologia, já tinha vindo ao festival no ano passado. A primeira vez, foi só para comer, segundo Xavier. Neste ano, os dois resolveram aproveitar ao máximo a programação e passaram os dois dias no Jockey Club. Conseguiram assistir a meia dúzia de aulas e palestras –além de comer bem.

O maranhense Xavier, que mora há 16 anos em São Paulo, gostou da experiência. "Você aprende coisas novas, faz conexão com pessoas diferentes, troca ideias, prova um doce junto", diz ele, que pretende aplicar o que aprendeu nas aulas na cozinha de casa. 

O tecnólogo diz considerar o festival um espaço de diversidade. "São Paulo é uma bolha, tem gente que mal sabe o que é um acarajé. Imagina o que significa ter a oportunidade de comer bode."

A sustentabilidade, tema que permeia o evento, também foi colocada em prática pela organização. Cerca de 200 litros de óleo usados durante o festival serão doados à ONG Trevo, que faz seu reprocessamento.

Além disso, 60% das 20 toneladas de lixo produzidas durante o fim de semana serão recicladas. Pratos, facas e garfinhos são biodegradáveis.

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