Descrição de chapéu Ao Vivo em Casa

Prove vários vinhos e encontre o que te dá mais prazer, diz sommelier do Fasano

Manoel Beato participou nesta sexta do Ao Vivo em Casa, série de lives promovidas pela Folha

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São Paulo

Quando se trata de vinho, o mais importante é que ele seja uma fonte de prazer, diz Manoel Beato, sommelier do restaurante Fasano há 28 anos e um dos maiores especialistas na bebida do país.

Para atingir esse objetivo, não é preciso consumir apenas vinhos caros e ter uma taça exclusiva para cada variedade. O melhor é provar vários tipos da bebida, em copos e taças de formatos diversos, que se tenha em casa, até encontrar a combinação que seja mais agradável ao olfato e paladar de cada um.

Segundo o sommelier, é possível encontrar bons vinhos a partir de R$ 40, em geral, e a quarentena é um período propício para degustar a bebida com atenção. “Às vezes, quando bebemos em um jantar com muita gente, não prestamos tanta atenção quanto quando estamos em casa”, afirmou à repórter da Folha Marília Miragaia, no Ao Vivo em Casa desta sexta (24).

Para quem está passando o período de isolamento social sozinho, não é preciso se preocupar em tomar uma garrafa inteira de uma vez. Beato explica que os vinhos podem, sim, ser armazenados depois de abertos.

A melhor opção para guardar as garrafas abertas é a geladeira, mesmo que se tenha adega em casa. “Quanto mais jovem o vinho, mais tempo ele dura aberto na geladeira, e os brancos resistem mais do que os tintos”, afirma.

Os brancos conseguem aguentar até uma semana no refrigerador. “Os puristas dizem que não é o mesmo vinho, porque ele perde nuances a cada dia, mas ainda é gostoso”, diz.

Na hora de beber, basta tirar as garrafas da geladeira com antecedência para que o vinho chegue à temperatura mais adequada para ser servido. No caso dos tintos, isso fica entre 16 e 22ºC, enquanto os brancos são consumidos entre 7 e 13ºC.

Encontrar o vinho ideal no mercado não é tarefa fácil. Beato compara o processo a chegar em uma biblioteca e ter que escolher um livro sem conhecer o autor e sem poder folhear o volume. Quando não há prova, o jeito é se fiar no nome do produtor, na região em que a bebida foi feita e consultar vendedores e guias especializados, na internet ou em revistas.

Homem careca de terno com filtro vermelho
Manoel Beato, sommelier do Fasano, que participa do Ao Vivo em Casa nesta sexta-feira (24)

Nessa situação, o sommelier também aconselha a optar por vinhos mais jovens, da safra de 2017 para frente para os brancos e só um pouco mais antigas para os tintos, e a ficar atento à temperatura da loja: se for muito quente, é sinal de que os vinhos não são armazenados corretamente, o que pode interferir na qualidade da bebida.

E vale também prestar mais atenção nos vinhos nacionais. Além dos já famosos espumantes —"os melhores da América do Sul, e concorremos com a Argentina e o Chile”—, o sommelier do Fasano diz se surpreender com os tintos produzidos no Brasil. Os brancos também são uma surpresa recente para ele. “Há 15 anos, havia apenas cinco bons brancos nacionais, mas cada vez provo mais vinhos brancos de qualidade", afirma. ​

O Ao Vivo em Casa, série de lives da Folha, é transmitido no site do jornal e também em seu canal no YouTube, onde é possível mandar perguntas para os entrevistados.

Às sextas, Comida, Turismo e Ilustrada se revezam nas lives às 17h, para ouvir especialistas e trazer histórias e dicas de gastronomia, viagens e cultura durante a quarentena —e ajudar a se planejar para o que virá depois desse período.

PROGRAMAÇÃO DAS LIVES

Segunda-feira Poder

Terça-feira Folhinha

Quarta-feira Saúde

Quinta-feira Mercado e Painel S.A.

Sexta-feira Ilustrada, Turismo e Comida

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