A Casa do Porco é o 17º melhor restaurante do mundo, segundo lista

Endereço paulistano sobe 22 posições no ranking do World's 50 Best e é o único brasileiro no guia

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São Paulo

O restaurante A Casa do Porco, na região central de São Paulo, está entre os 50 melhores do mundo. Comandado por Jefferson e Janaína Rueda, o endereço ficou em 17ª lugar na lista mundial do 50 Best, organizada pela editora William Reed Business Media.

O anúncio foi feito em cerimônia realizada nesta terça (5), em Antuérpia, na Bélgica. A Casa do Porco subiu 22 posições em relação à última edição do prêmio, em 2019, quando ficou em 39º lugar. O restaurante é o único brasileiro a aparecer entre os 50 melhores do mundo segundo o ranking.

Janaína e Jefferson Rueda, d'A Casa do Porco, no tapete vermelho da premiação do World's 50 Best, em Antuérpia, na Bélgica
Janaína e Jefferson Rueda, d'A Casa do Porco, no tapete vermelho da premiação do World's 50 Best, em Antuérpia, na Bélgica - Maria Vargas/Divulgação

Tido como o “Oscar da gastronomia”, o World’s 50 Best é uma compilação anual. Apesar de se chamar "50 melhores", a lista chega a cem endereços.

Devido à pandemia do coronavírus, não houve premiação em 2020. A última edição do 50 best, portanto, ocorreu em 2019. A relação é elaborada por mais de mil colaboradores experts em gastronomia, que enviaram seus votos em março deste ano.

O melhor restaurante do mundo, de acordo com o guia, é o Noma, em Copenhague, na Dinamarca. A casa havia ficado em segundo lugar na última premiação. Em seguida, entre os cinco melhores, aparecem o Geranium, também em Copenhague; o espanhol Asador Etxebarri; o peruano Central; e outro espanhol, o Disfrutar.

A Casa do Porco foi inaugurada em 2015, na região central da capital paulista —na esquina entre as ruas Araújo e General Jardim– com uma cozinha que destaca a carne suína nos mais diversos preparos. Os porcos são de criação própria e a maior parte dos vegetais vêm do do sítio da família Rueda, em São José do Rio Pardo, no interior de São Paulo, ou de pequenos produtores parceiros. O menu-degustação, em versão tradicional ou vegetariana, custa R$ 165.

O endereço é comandado pelo casal Jefferson e Janaína Rueda. A dupla também é responsável pelo Bar da Dona Onça, a lanchonete Hot Pork e a Sorveteria do Centro, todos na mesma área do centro. Em 2020, Janaína foi eleita ícone da América Latina pelo 50 Best por atuação em merendas e no setor de restaurantes.

Como de costume, parte da lista já havia sido revelada ao público. No dia 23 de setembro, a organização divulgou os colocados da 51ª posição até a 100ª –com alguns brasileiros entre eles.

Antigo habitué do ranking, o D.O.M., de Alex Atala, caiu mais sete posições. De 54º colocado, em 2019, ele desceu para o 61º. O restaurante aparece na lista desde 2006, quando estreou em 50º lugar. Sua melhor marca foi em 2012, quando esteve em 4º lugar na lista.

Outro paulistano que costumava constar na lista, o Maní, da chef Helena Rizzo, deixou o ranking global. O local apareceu em 73º na edição de 2019.

Além dos endereços paulistanos, dois cariocas também marcam presença no ranking. O Oteque, do chef Alberto Landgraf, que estreou em 100º em 2019, atingiu o 67º lugar. Já o Lasai, de Rafa Costa e Silva, ficou em 85º. A casa estava na posição de número 74 em 2019.

Durante o hiato de um ano na premiação, o 50 Best promoveu outras atividades em apoio ao setor gastronômico. Uma destas iniciativas foi a lista 50 Next, que elegeu jovens que estão moldando o futuro da gastronomia. Divulgada em abril, a relação apontou dois jovens líderes brasileiros.

Os representantes do país têm em comum a atuação em regiões periféricas. Mariana Aleixo, 33, está à frente de projetos no complexo da Maré, na zona norte carioca; Thiago Vinícius de Paula da Silva, 32, atua com a democratização do acesso a alimentos orgânicos no Campo Limpo, zona Sul de São Paulo.

Diferentemente dos rankings de bares e restaurantes do 50 Best, a lista com jovens líderes não tem ordem de classificação e foi dividida em categorias com um olhar mais abrangente à gastronomia —produção, tecnologia, educação, indústria criativa, ciência, hospitalidade e ativismo.

Conheça os 50 melhores restaurantes do mundo de 2021

1º lugar: Noma (Copenhague, na Dinarmarca)

2º lugar: Geranium (Copenhague, na Dinamarca)

3º lugar: Asador Etxebarri (Axpe, na Espanha)

4º lugar: Central (Lima, no Peru)

5º lugar: Disfrutar (Barcelona, na Espanha)

6º lugar: Frantzén (Estocolmo, na Suécia)

7º lugar: Maido (Lima, no Peru)

8º lugar: Odette (Cingapura)

9º lugar: Pujol (Cidade do México, no México)

10º lugar: The Chairman (Hong Kong)

11º lugar: Den (Tóquio, no Japão)

12º lugar: Steirereck (Viena, Áustria)

13º lugar: Don Julio (Buenos Aires, na Argentina)

14º lugar: Mugaritz (San Sebastian, na Espanha)

15º lugar: Lido 84 (melhor estreia na lista; em Gardone Riviera, na Itália)

16º lugar: Elkano (Getaria, na Espanha)

17º lugar: A Casa do Porco (São Paulo)

18º lugar: Piazza Duomo (Alba, na Itália)

19º lugar: Narisawa (Tóquio, no Japão)

20º lugar: Diverxo (Madri, na Espanha)

21º lugar: Hiša Franko (Kobarid, na Eslovênia)

22º lugar: Cosme (Nova York, nos Estados Unidos)

23º lugar: Arpège (Paris, na França)

24º lugar: Septime (Paris, na França)

25º lugar: White Rabbit (Moscou, na Rússia)

26º lugar: Le Calandre (Rubano, na Itália)

27º lugar: Quintonil (Cidade do México, no México)

28º lugar: Benu (San Francisco, nos Estados Unidos)

29º lugar: Reale (Castel di Sangro, na Itália)

30º lugar: Twins Garden (Moscou, na Rússia)

31º lugar: Restaurant Tim Raue (Berlim, Alemanha)

32º lugar: The Clove Club (Londres, Inglaterra)

33º lugar: Lyle’s (Londres, Inglaterra)

34º lugar: Burnt Ends (Cingapura)

35º lugar: Ultraviolet by Paul Pairet (Xangai, China)

36º lugar: Hof Van Cleve (Kruishoutem, Bélgica)

37º lugar: Singlethread (Califórnia, Estados Unidos)

38º lugar: Boragó (Santiago, Chile)

39º lugar: Florilège (Tóquio, Japão)

40º lugar: Sühring (Bancoc, Tailândia)

41º lugar: Alleno Paris au Pavillón Ledoyen (Paris, França)

42º lugar: Belcanto (Lisboa, Portugal)

43º lugar: Atomix (Nova York, Estados Unidos)

44º lugar: Le Bernardin (Nova York, Estados Unidos)

45º lugar: Noberlhart & Schmutzig (Berlim, Alemanha)

46º lugar: Leo (Bogotá, Colômbia)

47º lugar: Maaemo (Oslo, Noruega)

48º lugar: Atelier Crenn (San Francisco, Estados Unidos)

49º lugar: Azurmendi (Larrabetzu, Espanha)

50º lugar: Wolfgat (Paternoster, África do Sul)

Erramos: o texto foi alterado

Diferentemente do que foi publicado na terça-feira (5), a premiação 50 Best não é organizada pela revista britânica Restaurant, e sim pela editora William Reed Business Media. A informação já foi corrigida.

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