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Ecommerce Evino compra a Grand Cru e eleva a megaempresa ao terceiro lugar entre importadores

Valor do negócio, que ainda depende de aprovação do Cade, não foi revelado

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São Paulo

A anunciada venda da importadora de vinhos Grand Cru para o ecommerce de vinhos Evino, além de criar uma megaempresa que passa ao terceiro lugar entre os maiores importadores do produto do Brasil, reforça a tendência de concentração de capital em um universo ainda visto por muitos como muito associado à poesia e ao prazer hedonístico.

Taças de vinho das Bodegas Pesquera
Taças de vinho - Instagram/@familiafernandezrivera

Segundo o comunicado oficial das empresas, a Evino, criada em 2013, já vendeu vinhos para mais de 1,3 milhão de pessoas no Brasil, sendo a maior importadora de vinhos da Itália, França e Espanha no Brasil.

Já a Grand Cru tem sua força principal no mundo físico –são 110 lojas (próprias ou franqueadas) no país e, até o fim do ano, mais 17 novos pontos. O valor do negócio, que ainda depende de aprovação do Cade, não foi revelado.

A Grand Cru pertencia desde 2014 a um fundo de investimentos, ainda com uma pequena participação dos fundadores argentinos. Agora, passa a ser 100% da Evino.

Não é a primeira operação deste tipo ocorrida recentemente. Em maio deste ano, a Wine, também um comércio online de vinhos focado no consumidor final, comprou a importadora Cantu, que tinha foco na venda para o comércio. Com isto, passou a ser a maior importadora do Brasil.

As fusões e aquisições, habituais em vários ramos da economia, também invadiram o mundo da gastronomia em todo o mundo. Marcas que muitas vezes ainda ostentam o nome de seus criadores, frequentemente já nada têm a ver com eles, e são agora parte de conglomerados que se digladiam às vezes de forma bastante agressiva.

Muitos produtos que a nós parecem ser concorrentes (e publicamente se comportam para manter tal aparência) pertencem a uma mesma corporação. Isso acontece na indústria automobilística, na moda, nos bancos, na indústria de alimentos e bebidas, no grande comércio.

Em tese poderia ter um efeito positivo para o consumidor, o de baratear custos e, portanto, preços: se os produtos se tornarem mais acessíveis, será um efeito benéfico, embora em muitos casos não seja o que de fato acontece.

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