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Pinheirinho teve mais de 1.600 casas demolidas
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DE SÃO PAULO
Até a tarde desta quarta-feira 1.645 casas haviam sido demolidas no Pinheirinho, bairro de São José dos Campos (97 km de SP) cujos moradores foram retirados pela Polícia Militar e pela CGM, pois ocupavam a área irregularmente. Pessoas reclamam que casas foram derrubadas sem que elas pudessem retirar seus pertences.
Veja imagens da reintegração no Pinheirinho
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De acordo com a prefeitura da cidade, 3.150 ex-moradores do local foram cadastrados após a reintegração de posse. Estimativas feitas por sindicatos e representantes dos moradores afirmam que a população do Pinheirinho era de cerca de 6.000 pessoas. A prefeitura diz os números estão inflados.
A ação de desocupação da área começou às 6h de domingo (22). A expectativa é que o processo termine hoje.
Desde domingo até esta quarta, 21 pessoas foram presas na operação. Segundo a PM, dentre os presos sete são procurados da Justiça. Os outros 14 foram presos em flagrante, segundo a polícia, por crimes como roubo, tráfico, furto e porte ilegal de arma. Inicialmente a PM havia divulgado a prisão de 22 pessoas.
Foram apreendidas ainda três armas, 1.213 trouxinhas de maconha, 354 pinos de cocaína e 17 pedras de crack.
Até a manhã desta quarta, 14 veículos haviam sido incendiados. Um deles foi queimado na madrugada de hoje.
Eduardo Anizelli/Folhapress | ||
Máquinas trabalham na demolição dos barracos do Pinheirinho |
REINTEGRAÇÃO
Durante a reitegração de posse do Pinheirinho, houve confronto entre policiais e moradores. Com isso, três pessoas ficaram feridas segundo as informações oficiais, embora a Folha tenha presenciado outras agressões contra moradores durante a ação.
A prefeitura da cidade confirmou que houve apenas um ferido por tiro. Atendido no pronto socorro, a vítima passou por cirurgia e a condição de saúde é estável.
A ação da PM e da CGM no local é acusada de truculenta. O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse na segunda-feira (23) que a Policia Militar transformou a ação em "praça de guerra". O secretário Nacional de Articulação Social, Paulo Maldos, que acompanhava as negociações no local e foi atingido na perna por uma bala de borracha.
A área é alvo de uma disputa entre os invasores e a massa falida de uma empresa, proprietária do terreno. Ocupando uma área de cerca de 1,3 milhão de metros quadrados, a invasão Pinheirinho ocorreu há oito anos. Nos últimos dias, o clima no local tem sido de tensão.
Os moradores removidos foram levados ao Centro Poliesportivo do Campo dos Alemães.
Apu Gomes/Folhapress | ||
PMs se posicionam próximo à favela do Pinheirinho após reintegração de posse em São José dos Campos |
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