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24/02/2012 - 11h14

Testemunha relatou que viu caseiro levar jet ski para praia, diz advogado

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CRISTINA MORENO DE CASTRO
ENVIADA ESPECIAL A BERTIOGA

Atualizado às 14h43.

O delegado de Bertioga (103 km de SP) está ouvindo na manhã desta sexta-feira testemunhas que estavam na praia quando a menina Grazielly, 3, foi atropelada por um jet ski na praia de Guaratuba, no último sábado (18).

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Um homem e uma mulher saíram da delegacia de Bertioga por volta das 12h. Outra testemunha é esperada para prestar depoimento ainda hoje.

Segundo o advogado da família da menina morta, José Beraldo, a mulher disse que viu o caseiro levando o jet ski para a praia, contradizendo o depoimento de ontem de Erivaldo Francisco de Moura. Ele havia negado que entregou o equipamento para o adolescente.

Ainda de acordo com o advogado da família, a testemunha afirmou que viu os dois adolescentes em cima do jet ski empinado e a queda deles. Ela ainda relatou que o jet ski quase atropelou seus filhos na praia e chegou a atingir outra criança que ficou desacordada na areia antes de matar Grazielly.

O homem que veio de Mogi das Cruzes prestar depoimento disse apenas que foi relatar o que viu e não quis dar maiores detalhes.

DEPOIMENTOS

Ontem (23) foram ouvidos a mãe, o pai, dois tios da menina e um funcionário da casa onde o garoto suspeito de estar com o jet ski estava hospedado.

O jovem de 13 anos -- até então a polícia vinha divulgando que ele tinha 14 anos --deve ser ouvido pela polícia até segunda-feira (27), de acordo com a polícia.

O depoimento estava previsto para ontem, mas o adolescente não compareceu à delegacia.

"Não há nenhuma intenção da defesa de criar qualquer embaraço à apuração da verdade. Vamos trazer o garoto para ser ouvido, mas exijo o respeito que a lei dá ao menor. Esse assédio em submeter o garoto de 13 a uma situação constrangedora é absolutamente inviável", disse o advogado do adolescente, Maurimar Bosco Chiasso. Segundo Chiasso, os pais do menino devem comparecer à polícia junto com ele.

Para o advogado da família da menina atropelada, José Beraldo, os envolvidos devem responder por homicídio com dolo eventual e por omissão de socorro.

"O caseiro já informou que o proprietário da casa é o empresário José Cardoso e que os jovens haviam pego o jet ski e levado para a praia. Então houve autorização do proprietário", disse. Beraldo disse que levará uma testemunha do crime para depor amanhã.

Arquivo pessoal
Grazielly, 3, que morreu após ser atropelada por um jet ski em Bertioga, no litoral de SP
Grazielly, 3, que morreu após ser atropelada por um jet ski em Bertioga, no litoral de São Paulo

O delegado afirmou que, a princípio o caso seria de homicídio culposo (sem intenção) e que só o adolescente responderia pelo crime. O dono do jet ski responderia a primeira vista por danos patrimoniais causados.

Júnior afirmou ainda que não identificou o outro adolescente que estava com o adolescente suspeito no momento do acidente.

ACIDENTE

Grazielly Almeida Lames, 3, brincava na areia com a mãe na praia de Guaratuba quando foi atingida na cabeça por um jet ski em alta velocidade, segundo a polícia. Testemunhas relataram que um adolescente dirigia o jet ski.

O socorro teria demorado cerca de 40 minutos. A menina foi levada para o hospital municipal pelo Águia da PM, mas não resistiu.

Ainda de acordo com a polícia, o adolescente que conduzia o jet ski abandonou o veículo e fugiu.

A família da menina mora na cidade de Artur Nogueira (145 km de SP) e passava o Carnaval no litoral.

 

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