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PF localiza 14 chineses e 3 africanos ilegais no RS
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FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE
A Polícia Federal localizou no Rio Grande do Sul mais dois grupos de estrangeiros que permaneciam de maneira clandestina na fronteira do Brasil com a Argentina.
Sul do país tem onda de imigração ilegal
Ontem (8), os agentes encontraram 14 chineses sem visto em hotéis e pousadas de Itaqui, cidade gaúcha a 665 km de Porto Alegre separada por um rio do país vizinho.
A PF afirma que um dos chineses era o coiote (atravessador) do grupo. Os policiais ainda não têm informações sobre como eles chegaram ao país.
O suspeito de ser o coiote foi preso, e os demais foram notificados a deixar o Brasil.
O delegado federal André Luiz Epifânio diz suspeitar que os estrangeiros venham em busca de trabalho e acabem tendo que participar de organizações criminosas para pagar os custos da viagem. "São pessoas simples, e se vê que existe uma organização que os traz."
Nesta quinta-feira, três senegaleses sem documentos foram encontrados na rodoviária de Uruguaiana, principal ponto de fronteira entre o Brasil e a Argentina no Estado.
Eles disseram que chegaram à América do Sul pelo país vizinho. Também receberam uma notificação para deixar o Brasil.
Na semana passada, a Folha mostrou que a fronteira gaúcha vive uma onda de imigração ilegal neste ano. Há três semanas, um outro grupo de chineses sem documentos foi flagrado em Uruguaiana. Duas pessoas foram presas. Segundo a polícia, eles pagavam até US$ 800 a um dos coiotes.
A PF vê ligação entre o aumento do número de casos e a imagem recente de prosperidade econômica do Brasil no exterior.
Os policiais também dizem que os clandestinos se beneficiam de brechas no controle de migração de aeroportos internacionais do Brasil, como Guarulhos (SP).
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