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PM apura fraude no inquérito da morte de garoto por soldados
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DE SÃO PAULO
O Comando da Polícia Militar instaurou um procedimento administrativo para apurar a falsificação do depoimento da mãe de um adolescente que morreu após ser abordados por PMs em São Paulo.
Quatro PMs suspeitos de matar jovem são presos em SP
Thiago Júnior da Silva, 16, sumiu após uma operação de PMs do 31º Batalhão em 17 de março de 2011, no Parque Santos Dumont, periferia de Guarulhos (Grande São Paulo).
Segundo o inquérito policial militar, Eliana da Silva, 38, prestou depoimento no batalhão no dia seguinte, após encontrar o corpo do filho em um matagal. Ela teria dito, segundo o documento, que o filho havia sido abordado por policiais e liberado em seguida.
À Polícia Civil, porém, a mãe disse que nunca havia entrado no local ou prestado depoimento sobre o caso à PM. O documento com a assinatura dela foi submetido a análise do Instituo de Criminalística, que constatou a fraude.
O caso foi revelado hoje pelo jornal "Diário de S. Paulo".
Em abril deste ano, o Setor de Homicídios de Guarulhos encerrou a investigação da morte do garoto e concluiu que os responsáveis foram os soldados Paulo Hernandes Bastos, Ednaldo Alves da Silva, Edilson Luís de Oliveira e Fábio Henrique da Silva.
Eles chegaram a ser presos após a Justiça decretar sua prisão temporária, mas depois foram beneficiados por um habeas corpus solicitado pelo tenente-coronel Antonio de Mello Belucci, comandante do 31º Batalhão.
TATUAGEM
O corpo de Thiago tinha uma marca de tiro no pescoço com características de "tatuagem", ou seja, foi disparado à queima roupa.
À polícia, a mãe dele disse que um dos quatro PMs suspeitos pela morte do jovem o havia ameaçado de morte 15 dias antes do crime.
Segundo o depoimento dos PMs, Thiago estava com outros três jovens e um deles teria atirado contra o carro da PM. O soldado Bastos disse apenas ter dado um tiro para o alto.
Uma testemunha ouvida pela polícia, entretanto, disse que Thiago implorou aos policiais para não ser morto.
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