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Parentes de mortos em chacina no Rio fazem reconhecimento de roupas
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DIANA BRITO
DO RIO
Os parentes dos seis jovens assassinados no final de semana na favela da Chatuba, em Mesquita, Baixada Fluminense, devem fazer o reconhecimento nesta quarta-feira de roupas, tênis e objetos encontrados durante operação policial na localidade conhecida como Biquinha, no interior da comunidade.
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O material recolhido pelo Batalhão de Choque na segunda-feira permanece no 53º DP (Mesquita). A polícia afirma que com o reconhecimento das roupas é possível traçar o trajeto feito pelos garotos e chegar ao local dos crimes.
Os adolescentes saíram do bairro Cabral, em Nilópolis, Baixada Fluminense, no último sábado (8), para acompanhar um festival de pipas e depois tomar banho de cachoeira, no Parque de Gericinó. Os corpos deles foram encontrados na manhã de segunda-feira (10) com marcas de tortura às margens da rodovia Presidente Dutra, altura de Nova Iguaçu, Baixada.
"Não há dúvida de que os assassinos são traficantes da favela da Chatuba. O fato de os garotos serem de outro lugar e terem passado pela favela gerou toda essa consequência", afirmou o delegado Júlio da Silva Filho, titular do 53º DP (Mesquita).
OCUPAÇÃO
A comunidade Chatuba foi ocupada pela Polícia Militar na madrugada de terça-feira após um aumento da violência, que deixou ao menos 12 mortos nos últimos três dias na região --seis deles eram os jovens. Além dos garotos, também foram mortos na região um cadete da PM e um pastor no último fim de semana, segundo a polícia. Esse segundo estava acompanhado de um rapaz, que permanece desaparecido.
Marcelo Sayão/Efe | ||
Policiais ocupam favela da Chatuba, em Mesquita (Baixada Fluminense) após mortes de seis jovens |
Segundo a polícia, dez prisões aconteceram ontem e outras duas já tinham ocorrido na segunda-feira. A maioria dos presos estava com drogas ou já era procurada pela polícia. Apesar disso, nenhum deles ainda está sendo considerado suspeitos pela morte dos seis jovens.
O enterro dos rapazes aconteceu no Cemitério de Olinda, em Nilópolis (Baixada Fluminense) e foi acompanhado por cerca de 500 pessoas. Ao menos seis ônibus cedidos pela prefeitura levaram amigos e parentes à cerimônia. Muitas delas estavam com camisas com fotos dos jovens.
"A morte deles não vai ficar impune. Queremos justiça", disse o pedreiro Cildes Vieira do Espírito Santo, 42, pai de um dos jovens Christian de França Vieira,16. Após o enterro de cada um dos corpos, o grupo gritava por justiça e fazia uma salva de palmas.
"O que fica agora é o pedido por justiça e paz aos familiares", completou a dona de casa Renata Ribeiro Alves, 34, tia de outra vítima, Douglas Ribeiro, 16. Ela o criava havia 12 anos, desde a morte da mãe do rapaz.
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