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05/10/2012 - 00h00

Leda Rivas Caribé da Rocha (1922-2012) - Leda Iuqui, uma mestra do balé

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ESTEVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Leda Rivas era uma criança franzina e, por isso, o médico aconselhou que se exercitasse muito. A família pensou em natação, ela, em balé.

Leia sobre outras mortes

Nascida em Pelotas (RS), mudou-se para o Rio aos sete anos, após breve passagem por Campinas. Embora, na época, fosse grande o preconceito contra bailarinos, o padrasto, um diplomata argentino, apoiou-a em sua decisão.

Aos 13, começou a estudar dança no Theatro Municipal do Rio, e a professora, russa, ficou encarregada de avisar a família se Leda levava jeito.

Um dia, como só errava os passos, a professora a mandou para casa. Se continuasse, só serviria para limpar o palco. Leda foi embora, treinou a tarde toda e voltou no dia seguinte. A professora concluiu que ela tinha futuro.

Com o nome artístico de Leda Iuqui, tornou-se primeira bailarina do municipal, onde ficou até 1947. Voltaria ao teatro em 1953 para dar aulas.

No ano seguinte, com a ajuda do marido, o médico José Caribé da Rocha, que trabalhou também com hotéis, abriu a própria escola. No começo, era uma salinha. Em um ano, já tinha 150 alunos.

Em 1958, a academia foi para um prédio grande, com estrutura até então incomum no país. Leda criara seu próprio método de balé adaptado às especificidades brasileiras.

Teve sua primeira escola até 1974. De 1978 a 1987, manteve outra com a filha, Carla, também professora. Formou, entre outras, Ana Botafogo.

Era equilibrada e de temperamento forte. Adorava organizar as festas de Natal.

Viúva há 15 anos, veio morar com a filha em São Paulo. Morreu na segunda, aos 89, de complicações do alzheimer.

coluna.obituario@uol.com.br

 

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