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22/02/2013 - 00h02

Reneé Iromane Pichon Sasson (1922-2013) - Uma pioneira da joalheria artística no Brasil

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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

"Eu sô brasilerra", dizia com seu carregado sotaque francês Renée Sasson, uma das pioneiras da joalheria artística no Brasil. Na verdade, ela tinha nascido nos EUA.

Veio ao mundo na América do Norte porque o pai, um desenhista da Ford, trabalhou um tempo por lá. Ele decidiu voltar com a família para a França, sua terra natal, depois de ficar viúvo.

Renée, portanto, cresceu na Europa e lá conheceu o marido, Daniel Jacques. Vieram para o Brasil em 1953, no pós-guerra, em busca de melhores condições de vida.

No começo, trabalharam como esmaltadores (aplicavam esmalte sobre cobre), mas problemas com a importação do produto acabaram atrapalhando os planos do casal.

Nas muitas viagens que fizeram pelo Brasil, a fim de conhecer melhor o país, começaram a comprar antiguidades. E abriram o Antiquário Sasson --está há 11 anos no mesmo local, na alameda Lorena, 1.174, casa 3, em São Paulo, como conta a filha, Catherine, que hoje toca o negócio.

Renée passou a se interessar por pedras brasileiras e arte popular. Como designer, foi uma das que, no Brasil, retomaram o movimento que considera as joias como arte.

Dona de uma personalidade forte, como é descrita, incentivou artistas brasileiros.

A filha lembra que a mãe era bem-humorada e alegre. Gostava de ler --principalmente em francês-- e de viajar (adorou o Japão, em viagem que fez na década de 70). Afastou-se do trabalho no antiquário no ano passado.

Viúva desde 2005, morreu na quinta-feira (14), aos 90 anos, após sofrer uma parada respiratória. Deixa uma filha.

 

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