PM morto após tráfico abater helicóptero no Rio é enterrado; polícia mantém operações
O corpo do cabo Izo Gomes Patrício, 33, uma das vítimas do helicóptero da Polícia Militar abatido por traficantes no último sábado (17), foi enterrado na tarde desta terça-feira no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste do Rio. Dezenas de pessoas compareceram a cerimônia. Desde o último sábado (17), confrontos na zona norte da cidade já causaram a morte de 25 pessoas.
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O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, que era esperado para a cerimônia, não compareceu ao enterro. O comandante da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, foi ao sepultamento, porém não falou com a imprensa.
Felipe Dana-19.out.2009/AP |
Policiais militares mantêm ocupação de favelas na zona norte do Rio; confrontos entre traficantes e PMs já mataram 25 pessoas |
A assessoria da PM informou que Patrício estava há nove anos na corporação. Ele era casado e tinha dois filhos. Desde o fim de semana, outros dois policiais militares --todos ocupantes da aeronave--, três moradores e 19 suspeitos morreram.
Os confrontos na zona norte do Rio começaram na madrugada de sábado. Em disputa pelos pontos de venda de drogas, traficantes do morro São João --controlado pelo Comando Vermelho-- e aliados invadiram o morro dos Macacos, controlado pela ADA (Amigos dos Amigos).
Operações
As operações policiais nos morros da zona norte do Rio não têm data para terminar. O objetivo, segundo a polícia, é prender os traficantes envolvidos nos ataques criminosos do último fim de semana.
Um dos principais procurados é o traficante Fabiano Atanásio da Silva, o FB, 33, que atua no complexo de favelas do Alemão (zona norte). O Disque-Denúncia chegou a oferecer R$ 2.000 para quem desse informações sobre seu paradeiro. Segundo a PM, ele chefia o tráfico de drogas da favela Vila Cruzeiro (zona norte).
De acordo com a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, Fabiano Silva fugiu após deixar a prisão, beneficiado em 2006 com a progressão do regime fechado para o semiaberto.
A polícia procura ainda Alexander Mendes da Silva, o Polegar, que pode estar envolvido com a invasão. Ele fugiu recentemente da prisão, ao conseguir a progressão do regime fechado para o aberto.
Na manhã desta terça-feira, um tiroteio assustou alunos de uma creche e de uma escola na rua Leopoldo Bulhões, em Manguinhos.
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