Após trem raspar na plataforma, Metrô manda equipamentos novos para análise
Um dos quatro novos trens que estão em operação na Linha 3 - Vermelha apresentou problemas ao entrar na estação da Sé na segunda-feira (2) e raspou a lateral na plataforma. O trem foi evacuado e levado para o pátio de manutenção.
Depois do incidente, o Metrô retirou de circulação todos os trens da nova série e os enviou para análise. Os trens são fabricados pela CAF, empresa espanhola que atua em 35 países e que inaugurou este ano em Hortolândia (109 km de SP) a sua primeira fábrica no Brasil.
Os veículos são parte de contrato com o Metrô para fornecer 17 composições, sendo 10 para a linha 3 e sete para a linha 1-azul. Nove foram entregues, mas apenas quatro estavam em circulação --os outros ainda passam por testes. Cada trem custa cerca de R$ 30 milhões.
A empresa espanhola tem um contrato ainda maior --para 84 veículos-- com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
O Metrô afirmou que o problema não colocou em risco os usuários e que a retirada dos trens é uma medida de precaução, para que falhas semelhantes não voltem a se repetir. Engenheiros da Comissão Permanente de Segurança do órgão analisam o que teria causado o problema.
Segundo o Metrô, "em situações desta natureza, todos os trens de mesma série são imediatamente recolhidos para análise, conforme protocolo de segurança." Os engenheiros do Metrô que compõem a Comissão Permanente de Segurança, estão analisando o problema.
O projeto de expansão do Metrô prevê a entrega de 17 trens como esse, fabricados pela espanhola CAF. Para a Linha 3- Vermelha estão previstos dez trens --quatro já em circulação e dois em teste. Para a Linha 1 - Azul estão previstos os outros sete.
Ainda de acordo com o Metrô, a retirada dos trens não teve impacto na operação. No entanto, usuários relataram à Folha terem percebido uma movimentação mais intensa que o normal nas estações de metrô.
SEGURANÇA
Para Wagner Gomes, presidente do Sindicato dos Metroviários, é normal que trens novos tenham de passar por ajustes, já que há uma fase de adaptação do veículo às características do sistema.
Ele afirma, no entanto, que não parece ser o caso dos trens envolvidos no incidente. 'É um problema de segurança, não de adaptação. Não houve vítimas, mas poderia ter tido', disse.
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