Promotoria do Rio pede prisão de pai e madrasta da menina Joanna
A promotora Ana Lúcia da Silva Melo, da 25ª Promotoria de Justiça do Estado do Rio, pediu nesta segunda-feira a prisão preventiva do pai e da madrasta de Joanna Marcenal Marins, 5. Os dois também foram denunciados sob acusação de tortura e homicídio qualificado. A informação é da assessoria de imprensa do Ministério Público do Estado do Rio.
Pai da menina Joanna é preso após decisão da Justiça
Promotoria denuncia pai e madrasta de Joanna
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Joanna morreu no dia 13 de agosto, após passar quase um mês em coma. O pai, André Marins, começou a ser investigado depois que a mãe da menina, a médica Cristiane Marcenal Ferraz, encontrou marcas no corpo dela e suspeitou que ela tivesse sido vítima de maus-tratos.
A criança estava provisoriamente com o pai e a madrasta, Vanessa Maia, por 90 dias --a Justiça determinou o afastamento da mãe por entender que a menina sofria de síndrome de alienação parental.
No dia 15 de outubro, a DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima) encerrou o inquérito e indiciou o pai sob suspeita de tortura. Ele disse ter levado em consideração a avaliação dos legistas e o depoimento de uma mulher que trabalhou na casa de Marins e disse ter visto Joanna com as mãos e os pés atados com fita crepe e suja de urina e fezes.
O delegado considerou que não havia elementos suficientes para dizer que a tortura a que a menina foi submetida foi responsável por sua morte --laudo do IML apontou que ela morreu de meningite viral.
Em entrevista coletiva no dia 7 de outubro, Marins negou ter torturado a filha. Ele disse que prendeu as mãos delas por orientação de uma psicóloga, com o objetivo de evitar que ela se machucasse devido às convulsões que estava tendo.
O pai culpou ainda o estudante de medicina Alex Sandro da Cunha Souza pela morte da filha. O estudante atuava ilegalmente como médico no hospital RioMar e foi responsável pelo atendimento de Joanna. Segundo o pai, ela foi liberada ainda desacordada. No dia seguinte, foi internada em outro hospital já em coma.
O falso médico e a pediatra que o contratou tiveram a prisão decretada pela Justiça. Ele está foragido, e ela, presa.
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