Hopi Hari reconhece ter havido 'grande falha' em acidente
O Hopi Hari reconhece que houve "uma grande falha" no acidente que levou à morte de uma adolescente na última sexta-feira (24), disse o advogado do parque, Alberto Toron.
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Nesta quinta-feira (1º), o delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior ouviu novamente o gerente-geral de manutenção do Hopi Hari, que não teve o nome revelado a pedido do parque. Ele já havia prestado depoimento na segunda-feira, quando negou que tivesse havido falha mecânica no brinquedo.
Arquivo Pessoal | ||
Imagem feita pela família momentos antes da morte de Gabriella mostra a garota sentada na última cadeira |
"O engenheiro explicou que foi pego de surpresa pela informação de que a Gabriella subiu em uma cadeira que não deveria ser usada e contou como é o funcionamento da trava de segurança", disse o delegado.
Ontem, dois operadores do brinquedo compareceram espontaneamente à delegacia para relatar que haviam informado um supervisor de um defeito nessa cadeira 15 minutos antes do acidente, mas receberam ordens para que o brinquedo continuasse em operação.
Arquivo Pessoal |
Gabriella Yukari Nichimura, 14, que morreu no Hopi Hari |
Esse assento já não era utilizado havia dez anos, porque técnicos do parque identificaram a possibilidade de algum visitante mais alto encostar na estrutura de metal que simula a torre Eiffel. Por isso, os mecanismos de segurança dele não estavam habilitados.
Por conta dessa informação e com base em depoimentos de testemunhas, a polícia iniciou a investigação acreditando que Gabriella ocupava outro assento. O delegado não descarta que tenha havido má-fé por parte do parque, que sempre afirmou que ninguém usaria aquela cadeira.
Para o advogado do Hopi Hari, não houve omissão de informação. "Em nenhum momento o Hopi Hari enganou, mesmo porque o parque também só soube ontem que a garota estava nessa cadeira", disse Toron.
Segundo ele, até então o parque garantia que ninguém sentaria ali porque o colete de segurança estava sempre travado junto ao assento. "Esse mecanismo funcionou por dez anos. Se agora alguém conseguiu subir [na cadeira], houve um erro", afirmou.
De acordo com Toron, os funcionários têm autonomia para interromper a atividade do brinquedo caso constatem alguma falha.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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