Caçamba e carro exibem mudas de mata atlântica na zona oeste de SP
Uma caçamba estacionada na rua Oscar Freire, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, tem a seguinte descrição: "Floresta Urbana --Que tal não jogar lixo?" Dentro da caçamba, no lugar de entulho, microcosmo da mata atlântica, com mudas de singônio, grama-amendoim e clusia.
Hortas conquistam espaço em praças paulistanas
O projeto "Caçamba Verde", da ONG Floresta Urbana, quer "despertar a atenção para a ausência de áreas verdes na cidade", diz o biólogo João Godoy, vice-presidente da ONG. Jardins e praças, diz ele, combatem dois problemas da cidade: as enchentes, pois melhoram a absorção de água da chuva; e as ilhas de calor, pois deixam o ar mais úmido.
"Pequenos jardins possibilitam uma economia de R$ 1 bilhão ao ano para São Paulo", diz Jörg Spangenberg, autor de doutorado sobre o tema e presidente da Floresta Urbana.
Há outros grupos que trabalham para espalhar o verde pela metrópole. Entre os projetos, estão hortas comunitárias, jardins suspensos e intervenções em canteiros.
Na avenida dos Semaneiros, Alto de Pinheiros, foi montado o Crianteiro, jardim com bancos, vasos de flores e espaço para fazer fogueiras. "Virou ponto de encontro. Tem até sessão de cinema ao ar livre", diz Felipe De Lucca, autor do projeto.
Avener Prado/Folhapress | ||
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Projeto Floresta Urbana espalha áreas verdes pela cidade; imagem mostra caçamba na rua Oscar Freire |
Eduardo Knapp/Folhapress | ||
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Carro que não circula mais é preenchido com plantas e terra em instalação que deve ir pra as ruas em breve |
CARRO DAS BROMÉLIAS
Outra intervenção, que deve ganhar as ruas nas próximas semanas, é o "carro verde", do coletivo de arte Bijari.
Uma versão do veículo já circulou pela Bienal de Arquitetura da Áustria e outra foi exposta em frente à galeria Choque Cultural. "O carro e a caçamba se tornaram formas importantes de questionar o papel da vegetação no ambiente urbano", diz Godoy.
Segundo a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, a área de vegetação do município é de 58 m² por habitante.
Mas a distribuição é desigual. Em Parelheiros, distrito do extremo sul que abriga reservas de mata atlântica, são 2.655 m² por habitante. No Itaim Paulista, bairro da zona leste da cidade em que se formam ilhas de calor, o índice é de 2 m² por morador.
Editoria de arte/Folhapress | ||
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