MTST, Resistência Urbana e Periferia Ativa vão se reunir com Dilma Rousseff hoje
Representantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e dos grupos Resistência Urbana e Periferia Ativa vão se reunir hoje, às 16h30, com a presidente Dilma Rousseff para apresentar as reivindicações dos movimentos.
Na manhã desta terça-feira os grupos fazem três protestos simultâneos na periferia de São Paulo. Os manifestantes partiram, às 8h, do metrô Capão Redondo e do largo do Campo Limpo, ambos na zona sul, e da estação de trem Guaianases, na zona leste.
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Na reunião com a presidente, os movimentos vão reivindicar o combate à especulação imobiliária, implantação de política federal de desapropriação de terrenos ociosos e destinação de terrenos da União para habitação popular, controle sobre o valor dos aluguéis, tarifa zero para o transporte público, saúde e educação "padrão FIFA", contra dinheiro destinado a Copa do Mundo e Olimpíadas, entre outras pautas.
"Nós vemos esse convite da Presidência como uma boa sinalização. É uma abertura para um diálogo que esperamos que resulte em algo. Não adianta chamar o movimento para conversar, receber a pauta, engavetar e ficar por isso mesmo", disse o militante do MTST Guilherme Simões, 28, que é professor de sociologia.
Entre todas as reivindicações do movimento, Simões destaca às relacionadas com moradia. "A questão da moradia é bastante significativa para o movimento. Ainda mais com a questão dos preços abusivos dos alugueis que prejudica os trabalhadores", disse.
"Queremos ações concretas, caso contrário a periferia continuará indo para as ruas parando a cidade", afirmou o militante do Resistência Urbana Paulo Spina.
MPL
Na segunda-feira (24), Dilma Rousseff se reuniu com membros do MPL (Movimento Passe Livre), que disseram após o encontro que a Presidência é "despreparada" para discutir o transporte público.
Após receber o movimento, a presidente propôs a realização de um plebiscito para convocação de uma Assembleia Constituinte exclusivamente dedicada à reforma política.
A ideia foi lançada durante encontro com governadores e prefeitos convocados para discutir respostas às ondas de manifestações que tomaram as ruas das grandes cidades nas últimas semanas.
A presidente foi duramente criticada pela oposição que acusou-a de atropelar o Congresso Nacional ao propor a realização de plebiscito sobre a reforma política.
"É uma competência exclusiva do Congresso convocar plebiscito. Para desviar atenção, ela transfere ao Congresso uma prerrogativa que já é do Legislativo e não responde aos anseios da população", disse o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
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