Protesto de profissionais da saúde interdita vias do centro de SP
Cerca de mil profissionais da saúde que protestam nesta terça-feira na região central de São Paulo. Por volta das 18h, o grupo subia a avenida Brigadeiro Luis Antonio, no sentido da avenida Paulista. Mais cedo, eles chegaram a fechar a rua da Consolação e outras vias da região, que já estavam liberadas.
Os profissionais da saúde protestam contra a atuação de médicos estrangeiros no país sem a revalidação do diploma, contra os vetos do ato médico e contra a medida provisória que exige a atuação dos médicos recém formados por dois anos no SUS (Sistema Único de Saúde).
Médicos protestam no centro do Rio contra medidas do governo
A presidente da Associação de Médicos do Hospital das Clínicas, Irene Abranovich, afirmou que 500 médicos da unidade foram mobilizados para comparecer ao ato. Todos usam faixas pretas nos braços pelo luto pela saúde. Eles afirmam que não falta médico e sim infraestrutura e investimento nos hospitais.
A mesma opinião é dada pelo presidente da Associação dos Antigos Alunos da USP, Jurandir Godoy Duarte. Ele afirma discordar dos vetos ao "ato médico" e acrescenta: "Quero ver se os políticos ficariam seguros com prescrições feitas por alguém que não tem a formação de médico."
Os manifestantes carregam no protesto caixões com as fotos da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Eles expõem faixas com as mensagens "sem Revalida não" e "sem corrupção na saúde", e usavam gritos de ordem contra o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Em meio aos manifestantes estava o cardiologista Bruno Veras Bezerra, da Beneficência Portuguesa, que afirmou ser contra a obrigatoriedade de atuação no SUS. "Eu fiz medicina por seis anos e mais cinco anos de residência de cardiologia. Demorou 11 anos para me formar. Imagine com mais esses dois anos".
Sabine Righetti/Folhapress | ||
Cerca de mil profissionais da saúde fazem manifestação na região central de São Paulo com caixões com fotos de Dilma e Padilha |
OUTROS
Mais cedo, houve um outro protesto na avenida Washington Luís (zona sul), com aposentados e pensionistas que reivindicam o pagamento de uma ação já ganha. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), cem pessoas participaram do ato que já tinha sido encerrado por volta das 18h.
Houve outra manifestação ainda na rua Quirino de Andrade, na frente da reitoria da Unesp. De acordo com a Polícia Militar, o ato foi promovido por cerca de 80 pessoas que pedem a substituição da reitoria e melhores condições de ensino. O movimento foi pacífico.
Teve também mais cedo um protesto contra a morte do funkeiro MC Daleste, no vale do Anhangabaú, também na região central da cidade. O ato foi convocado pelas redes sociais e a PM não informou quantas pessoas reuniu.
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