Manifestantes depredam concessionária em SP; PM usa bombas
Um grupo de manifestantes depredou uma concessionária da Chevrolet na noite desta sexta-feira durante um protesto que ocorre na região central de São Paulo contra o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e a repressão policial ocorrida durante a visita do papa Francisco.
O grupo usou pedras e outros objetos para quebrar os vidros e entrar na concessionária, quando começaram a depredar inclusive os carros da loja. Carros da Polícia Militar então se aproximaram do local e usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Ainda não há informações de feridos.
Manifestantes depredam e picham agências bancárias da av. Paulista
Manifestantes usam ônibus para fechar pista da av. 23 de Maio
Mais cedo, o grupo usou um ônibus de transporte público para fechar uma das pistas da avenida 23 de Maio. o bloqueio durou apenas alguns minutos, até que o motorista do coletivo conseguisse sair com o veículo do local.
O ato começou de forma pacífica no início da noite, no vão livre do Masp. Algumas pessoas, porém, passaram a pichar agências bancárias, estações de metrô, semáforos e até carros que passavam pelo local. Poucos policiais passavam pelo local e evitavam reprimir os atos de vandalismo.
Os manifestantes também pedem explicações para o sumiço do pedreiro Amarildo Dias da Silva, 42, que desapareceu após uma ação policial na favela da Rocinha. Ele desapareceu após ser levado por policiais militares de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
Organizadores do ato disseram que os black blocks (grupo de anarquistas que prega a depredação do patrimônio publico e privado nos protestos) se infiltraram no ato organizado por eles, que era pacifico.
"Nosso ato era somente para protestar contra a violência policial no Rio de Janeiro e o sumiço do Amarildo. Não pregamos a violência, mas a partir de um momento, os balck blocks começaram a entrar no ato e quebrar tudo", disse um manifestante que não quis se identificar, mas disse ser um dos organizadores.
Convocada pelo Facebook, a manifestação tem punks e integrantes dos black blocs. O protesto nomeado "apoio aos irmãos e irmãs Cariocas" foi anunciado também nas redes sociais em outras capitais, como Belo Horizonte, Florianópolis e Salvador.
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