Manifestantes invadem Sírio-Libanês e param a Paulista durante ato em SP
Um grupo de cerca de 50 servidores públicos da saúde interrompeu o trânsito na avenida Paulista, na região central de São Paulo, na noite desta terça-feira (13). Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) três faixas da via chegaram a ser fechadas no sentido da rua da Consolação.
Por volta das 21h25 o grupo deixou a avenida Paulista e foi até a sede da secretaria estadual da Saúde, que fica ao lado do Hospital da Clínicas, na avenida Doutor Arnaldo, zona oeste. Em seguida os manifestantes se dispersaram e o tráfego foi normalizado.
Mais cedo o protesto estava na frente ao hospital Sírio-Libanês, também na região central.
O ato começou por volta das 18h30 na frente da prefeitura, no viaduto do Chá, no centro de São Paulo. Chegou ao Sírio por volta das 19h30.
O grupo, que tem membros do Fórum Popular de Saúde, protesta por melhores condições de trabalho e atendimento à população no SUS (Sistema Único de Saúde). Também pede a saída do secretário estadual da Saúde, Giovanni Guido Cerri.
Eles também usaram palavras de ordem contra o senador José Sarney, que está internado no hospital.
Nelson Antoine/Fotoarena/Folhapress | ||
Manifestantes que participam de protesto a favor da saúde pública tentam entrar no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo |
PROTESTO
Esse foi o segundo protesto em frente ao Sírio-Libanês em menos de uma semana. Na quinta-feira (8), servidores da saúde também protestaram no local.
Hoje, o grupo pediu uma reunião com a direção do hospital. Segundo o Sírio, foi permitida a entrada de duas pessoas para discutir saúde pública. Houve um princípio de confusão entre manifestantes, policiais militares e seguranças do hospital.
Alguns manifestantes, segundo o Sírio, invadiram o pronto-atendimento e quebraram vasos e algumas cadeiras. Uma mulher foi contida com spray de pimenta jogado pela polícia.
A Folha tentou contatar representantes dos manifestantes, mas não obteve sucesso. No texto do ato no Facebook, o grupo critica o Sírio-Libanês e diz que o hospital é "o símbolo de uma política que não aceitamos: a saúde como mercadoria!".
O Sírio disse que "lamenta que, mais uma vez, as manifestações por melhorias na área da saúde estejam acontecendo dessa forma, em prejuízo do bem-estar de pacientes que merecem respeito".
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