Incêndio destrói academia e atinge prédio vizinho em SP
Um incêndio de grandes proporções destruiu o prédio da academia SmartFit na esquina da rua do Boticário com a avenida Ipiranga, no centro de São Paulo na madrugada desta sexta-feira. O fogo atingiu também parte de um prédio residencial localizado ao lado do estabelecimento.
Cerca de 30 pessoas, moradoras de um prédio vizinho na esquina da avenida Rio Branco com a avenida Ipiranga, foram levadas à Santa Casa de São Paulo e aos hospitais São Paulo, Vergueiro e das Clínicas. A vítima mais grave foi um idoso que sofreu queimaduras de segundo grau. Um bombeiro também foi atendido após cortar a mão.
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O incêndio começou por volta da 1h e foi controlado duas horas depois por 48 equipes do Corpo de Bombeiros, totalizando 150 homens. Por volta das 6h30, os bombeiros permaneciam no local fazendo o trabalho de rescaldo para apagar pequenos focos de fogo. A expectativa da Defesa Civil é de começar a vistoria do edifício por volta das 10h.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Segundo os bombeiros, o fogo começou em uma academia recém-inaugurada. O vento espalhou a fumaça para outros edifícios e fazia cair fagulhas na rua. O calor do fogo também quebrou em pedaços pequenos os vidros de algumas janelas.
Os moradores de um prédio de 25 andares foram forçados a deixar os 146 apartamentos e acompanharam na rua o trabalho dos bombeiros. Muitas pessoas passaram a madrugada sentadas nas calçadas da avenida Rio Branco, algumas delas utilizavam cobertores para se proteger do frio da madrugada. Outras seguravam crianças e animais de estimação que conseguiram retirar dos apartamentos.
Jair Paca de Lima, coordenador da Defesa Civil, afirmou que um dos problemas enfrentados no resgate foi o da comunicação. Muitos estrangeiros, entre eles chineses, bolivianos e peruanos, vivem no local e não entendiam as ordens dadas por bombeiros para deixar os apartamentos. Alguns se recusaram a abrir as portas com medo de roubo e os bombeiros tiveram que arrombar.
Segundo a instituição, mais de 50 pessoas que inalaram fumaça foram atendidas em um posto de socorro montado na avenida Ipiranga. Elas eram retiradas do prédio pelos bombeiros e levadas a lonas coloridas estendidas na rua Rio Branco de acordo com o grau de gravidade. Nas lonas verdes eram colocados os casos mais leves, na amarela os medianos e na vermelha os mais graves.
Após a seleção dos pacientes, médicos do Grau (Grupo de Resgate e Atenção as Urgências e Emergências) faziam a medição de oxigenação no pulmão e batimentos cardíacos e anotavam a caneta na mão das vítimas para controle.
Equipes da Polícia Militar, Guarda Civil Municipal e CET (Companhia de Engenharia de Trânsito) estiveram no local para dar apoio. Técnicos da Congás também foram desligar o sistema de gás dos edifícios atingidos pelo incêndio.
As causas do incêndio serão investigadas, de acordo com os bombeiros.
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