Mesmo com chuva, nível do Cantareira cai 0,1 ponto percentual
Mesmo com as chuvas que começaram a atingir São Paulo na tarde de quinta-feira (22), o nível do reservatório Cantareira caiu 0,1 ponto percentual na comparação entre quinta e sexta-feira (23). Nos últimos dias, a média de queda no índice do reservatório era de 0,2 pontos percentuais a cada dia.
O índice de chuva acumulada registrado no local é de 24,2 mm até esta sexta-feira (23). A média para o mês, segundo a Sabesp, é de 83,2 mm.
Na quinta-feira (22), uma semana após o início da captação do volume morto do sistema Cantareira –reserva de água na zona mais funda das represas que, por ficar abaixo da tubulação que capta o líquido dos reservatórios, precisa ser bombeada para a superfície– o nível do reservatório chegou a 25,8%.
No dia 15, quando o volume morto começou a ser retirado, o sistema atingiu o índice de 26,7%.
A previsão do tempo, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências da prefeitura), é que o avanço de uma frente fria mantenha o tempo instável e chuvoso nesta sexta-feira no Estado.
No final de semana, o frio deve aumentar em São Paulo e as chuvas começam a reduzir de intensidade a partir de sábado.
ECONOMIA
Segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), 1,5 milhão de habitantes já tiveram seus pontos de abastecimento remanejados para outros reservatórios. Até julho, o total de pessoas que serão abastecidas por outros locais será de 2,1 milhão.
Os consumidores que tiverem o sistema de abastecimento remanejado serão atendidos pelos reservatórios do Alto Tietê e do Guarapiranga.
Alckmin também diz que a economia feita pela população após o pedido da Sabesp e a concessão de desconto na conta de água para quem economizasse equivale a um racionamento de 36 horas com água e 72 horas sem água.
Segundo o governador, a economia da população fez com que o índice de retirada de água do sistema Cantareira caísse de 31 para 23 metros cúbicos por segundo.
SECA
Se a estiagem for severa nos meses de inverno, o uso do chamado "volume morto" poderá ser limitado pelos órgãos responsáveis pela administração do sistema Cantareira -no caso, a ANA, ligada ao governo federal, e o DAEE, que é estadual.
A decisão sobre quanto a Sabesp pode retirar das seis represas do Cantareira está sendo revisada semanalmente pelo dois órgãos.
A Sabesp e o comitê anticrise apontam números diferentes para a água armazenada no sistema Cantareira. Enquanto a companhia do governo estadual mostrava dados acima de 26% na sexta-feira (16), o GTAG (Grupo de Assessoramento Técnico para Gestão), ligado à ANA (Agência Nacional de Águas) apontava cerca de 22%.
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O sistema Cantareira é responsável pelo abastecimento de parte da capital e de municípios da Grande São Paulo. No total, cerca de 9 milhões de pessoas recebem água do Cantareira diariamente. O reservatório ainda atende municípios da região de Campinas, no interior do Estado.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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