Câmara autoriza Corinthians a fazer arena multiúso no Parque São Jorge
Uma emenda do vereador Milton Leite (DEM) que foi incorporada à lei de zoneamento permite que o Corinthians possa construir uma arena multiúso em sua sede social, no Parque São Jorge, Tatuapé (zona leste).
O mesmo texto também abre brecha para que a área possa ser usada para a construção de torres residenciais.
O Corinthians tem, atualmente, um ginásio poliesportivo e um time de futsal –estuda, ainda, retomar a equipe de basquete masculino.
Alessandro Shinoda - 03.fev.2011/Folhapress | ||
Entrada do Parque São Jorge, sede do Corinthians |
Na noite desta quinta (25), a Câmara de São Paulo aprovou em definitivo a nova lei de zoneamento da cidade. O texto determina o que pode ser construído e que tipo de atividade pode existir em cada rua da cidade.
Se for sancionado pelo prefeito Fernando Haddad (PT), a cidade passará a ter mais áreas mistas (que juntam residência e comércio), prédios mais altos grandes avenidas com estrutura de transporte e mais terrenos voltados à construção de moradias para a população de baixa renda -previstas inclusive em áreas verdes da cidade.
O projeto também prevê a liberação de templos religiosos em ruas estreitas da cidade, além de liberar os chamados puxadinhos na periferia - em lotes de até 250 metros quadrados que misturem residência e comércio, passam a ser permitidos imóveis de até três pisos (comércio no térreo e mais dois andares residenciais).
As regras que determinam o uso e ocupação do solo devem ser revistas a cada dez anos.
CONCEITO
Embora o conceito urbanístico geral do plano tenha sido mantido, uma série de alterações descaracterizou parte das medidas previstas no texto enviado pelo prefeito, em junho do ano passado.
Pelo menos 60 emendas de vereadores foram incorporadas ao texto. De um total de 198 enviadas ao relator Paulo Frange, após aproximadamente 50 audiências públicas ocorridas do ano passado para cá.
A segunda votação teve 45 vereadores favoráveis e oito contrários ao projeto.
Agora, ele voltará às mãos de Haddad, que pode sancioná-lo ou vetá-lo. O prefeito ainda terá um prazo de 180 dias para enviar correções ao Legislativo.
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