A.C.Camargo Cancer Center terá em 2018 unidade com 20 andares em SP
Divulgação/A.C.Camargo | ||
Em reunião na sala de 'tumor board', especialistas do centro debatem casos de pacientes |
Um dos principais centros de tratamento de câncer no Brasil, o A.C.Camargo Cancer Center vai ampliar suas instalações e propor um novo modelo no acompanhamento da doença no país.
Serão 20 andares e mais de 12 mil m² destinados a pacientes com tumores ginecológicos, de pele e de mama, tipos de câncer que representam grande parcela dos cerca de 600 mil diagnósticos anuais da doença no país, de acordo com o A.C.Camargo.
A Unidade Pires da Mota, na Aclimação, região central de São Paulo, tem previsão de abertura no final de 2018.
O centro terá como foco a aplicação e reforço do conceito de "cancer center" que a instituição leva em seu DNA desde a criação, em 1953, e adotou em seu nome em 2013.
O modelo é focado na tríade que une ensino, pesquisa e assistência e, na prática, prolonga a sobrevida e evita desperdícios durante o tratamento. "O atendimento integrado faz com que o centro seja muito mais qualificado quando se trata da busca da cura do câncer. Os pesquisadores estão sempre trabalhando, e tudo é feito com base em evidências científicas", afirma Vivien Rosso, superintendente-geral do A.C.Camargo. "Como resultado, a curva de sobrevida se desloca e melhora. A experiência do paciente é melhor, não há perda de tempo nem de dinheiro."
Segundo Vivien, o conceito já é aplicado em 69 instituições nos Estados Unidos – o A.C.Camargo foi o primeiro a trazê-lo para o Brasil.
Atualmente, o centro trabalha na descentralização do atendimento ambulatorial, que ainda é realizado em conjunto com todas as outras etapas de tratamento no complexo em funcionamento.
A criação do novo centro, voltado para atendimentos mais simples, agiliza o atendimento como um todo ao absorver cerca de 30% dos pacientes em tratamento, de acordo com Vivien.
'NAVEGADOR'
Outra característica do cancer center absorvida pelo A.C.Camargo é a do "enfermeiro navegador". Uma das queixas dos pacientes durante o tratamento é a perda de referência –à medida que o atendimento avança, não há uma figura fixa que acompanhe o caso. Esse enfermeiro se torna, então, uma espécie de "guia".
O "tumor board" é mais uma forma de personalizar e tornar o tratamento mais preciso. Desde 2016, um grupo de especialistas que inclui pesquisadores, professores e médicos se reúne para definir tratamentos de casos que fogem do protocolo de tratamento.
Cerca de 600 oncologistas atuam no centro, que, em 2016, realizou 3,8 milhões de atendimentos – 62% dos casos ambulatoriais foram dedicados a pacientes do SUS. Atualmente, é o 3º maior do mundo, com 470 leitos e formação de 180 profissionais por ano.
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