Gestão Doria cede e faz novo ajuste em regras para a Uber e outros aplicativos

Crédito: Andre Penner-31.out.17/Associated Press Motoristas de aplicativos protestam contra regulação da Prefeitura de SP que restringe atividade na cidade
Motoristas protestam, em outubro, contra regulação da Prefeitura de São Paulo que restringe atividade

FABRÍCIO LOBEL
DE SÃO PAULO

A Prefeitura de São Paulo negociou com motoristas de aplicativos nesta terça-feira (9) mais uma brecha nas novas regras para o setor. A norma que antes vetava carros de aplicativos na cidade com mais de cinco anos foi flexibilizada e agora permitirá que os veículos do serviço tenham até sete anos.

Motoristas dizem, porém, que continuarão pressionando por uma limite ainda maior de anos.

Leia perguntas e respostas sobre novas regras para apps de transportes em SP

A flexibilização para sete anos só ocorrerá para os motoristas cadastrados nos aplicativos até julho de 2017, mês em que foram publicadas as regras que passarão a valer a partir desta quarta-feira (10). Para todos os motoristas cadastrados a partir de então, vale o limite de cinco anos de fabricação dos veículos.

Desde a última semana, motoristas e os próprios aplicativos aumentaram campanha para relaxar o texto original. Pelas novas regras, motoristas terão que fazer cursos preparatórios, obedecer regras de etiqueta e até de vestimenta e submeter seus veículos a uma inspeção nos aplicativos em que trabalham.

Na última semana, a pressão sobre a prefeitura já havia surtido efeito e a gestão passou a autorizar que o curso preparatório dos motoristas fosse inteiramente virtual (antes, parte dele deveria ser presencial). Além disso, a prefeitura estendeu o prazo para que os aplicativos inspecionassem a condição de segurança e higiene dos veículos.

A flexibilização sobre a idade dos carros, decidida nesta terça foi tomada após uma reunião entre representantes dos motoristas da categoria e o chefe de gabinete de João Doria, Wilson Pedroso, o secretário adjunto de transportes Irineu Gnecco Filho e o prefeito regional de Pinheiros, Paulo Matias.

Os motoristas chegaram a pedir que a idade máxima dos carros fosse estendida até dez anos, como ocorre com táxis e vans escolares. A prefeitura, porém, sustenta que estes veículos há anos já passam por uma inspeção muito mais rigorosa do que a exigida dos veículos de aplicativos. Os motoristas presentes à reunião dizem que continuarão pressionando para que sejam permitidos carros com mais de sete anos.

Outro ponto que a prefeitura permitiu foi a adoção de um identificação visual removível dos aplicativos para os quais o veículo trabalha. Motoristas reclamaram para a prefeitura que, por questões de segurança, preferiam trabalhar em locais perigosos da cidade sem a identificação de seus aplicativos. A prefeitura então autorizou que essa sinalização possa ser removível, com o uso de uma pequena placa fixada com ventosa no para-brisa, por exemplo.

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