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Idoso é atropelado perto do metrô Vila Madalena; polícia suspeita de racha

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Crédito: Reprodução/TV Globo Cruzamento da rua Heitor Penteado com a avenida Pompeia, onde idoso foi atropelado e morto
Cruzamento da rua Heitor Penteado com a avenida Pompeia, onde idoso foi atropelado e morto

LEONARDO FUHRMANN
DO "AGORA"
DE SÃO PAULO

O aposentado Oswaldo Borin, 79, morreu atropelado na noite deste domingo (14) na rua Heitor Penteado, próximo à esquina com a avenida Pompeia, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo. Ele atravessava na faixa de pedestres quando, segundo testemunhas, um carro em alta velocidade o atingiu.

Pelo menos três testemunhas que se apresentaram à polícia afirmam que o atropelador tirava um racha com outro carro que também passava em alta velocidade pelo local. Ambos fugiram sem prestar socorro à vítima.

Borin morava sozinho em um prédio a poucos metros do local onde foi atropelado. Vizinhos afirmam que ele costumava andar a pé pelo bairro e, no momento do acidente, voltava da missa, como fazia sempre aos domingos à noite.

De acordo com Francisco Terra, 31, que presenciou o acidente, dois carros da marca Fiat estavam lado a lado em alta velocidade e não esperaram o idoso atravessar.

"Eles estavam fazendo racha quando acertaram o homem, acho que estavam a quase 100 quilômetros por hora", diz. O limite de velocidade da via é de 50 km/h.

Ainda segundo Terra, uma médica e um estudante de medicina que passavam pelo local tentaram reanimar o pedestre. Eles chegaram a usar um desfibrilador emprestado por uma funcionária da estação Vila Madalena do metrô, que fica a poucos metros do local do acidente. "Não adiantou, quando o Samu chegou ele já estava morto", afirma.

Duas testemunhas que vinham de carro afirmaram que seus carros foram fechados seguidamente pela dupla, que vinha da avenida Doutor Arnaldo, no sentido Lapa.

Após o atropelamento, um dos veículos suspeitos de participar do racha, identificado como sendo um Fiat 500 branco, seguiu pela rua Cerro Corá. O outro, um Gol azul, virou na rua Aurélia e seguiu sentido marginal do Tietê.

Um motoqueiro seguiu o segundo e conseguiu anotar a placa. A informação foi entregue a uma testemunha que esperou a polícia no local. O motoqueiro foi embora sem se identificar.

DEPOIMENTO

Com isso, a polícia conseguiu identificar o motorista do Gol: um caminhoneiro de 51 anos de Osasco (Grande SP), que depôs nesta segunda.

Segundo o delegado Marcel Druziani, do 23º DP (Perdizes), responsável pelas investigações, o acusado afirmou que não participava de racha, que estava a 70 km/h (o limite no local é de 50 km/h) e que não parou o seu veículo porque não viu o atropelamento.

Ele foi indiciado sob suspeita de homicídio com dolo eventual (quando o acusado assume o risco de matar alguém), racha e fuga do local do acidente, segundo Druziani. O suspeito foi liberado após o depoimento.

Na semana passada, um outro suposto racha terminou com a morte de duas mulheres na rodovia dos Imigrantes, na região de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo). Uma Mercedes seguia em alta velocidade pela estrada, ao lado de um Camaro, também em alta velocidade, quando atingiu a traseira de um EcoSport. Além de duas mortes, dois homens e quatro crianças ficaram feridas.

De acordo com informações do site Mobilidade Segura, da Prefeitura de São Paulo, em 2017, foram registradas 17.574 infrações por desrespeito à faixa de pedestres.

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