DE SÃO PAULO

O governo de Minas Gerais confirmou nesta segunda-feira (15) que mais duas pessoas morreram depois de contraírem o vírus da febre amarela no Estado. Com isso, subiu para 11 o número de óbitos em decorrência da doença, entre julho de 2017 e os primeiros dias de 2018.

Dos 12 resultados positivos para febre amarela confirmados no Estado, 11 deles resultaram em óbito. Até o momento, apenas um morador de Brumadinho conseguiu se curar da doença.

Segundo a SES (Secretaria de Estado da Saúde), as últimas duas mortes ocorreram em Goianá (Zona da Mata) e Nova Lima (Região Metropolitana), cidade que registrou o maior número de vítimas –quatro, ao todo.

As outras mortes foram registradas em Brumadinho (1), Mariana (2), Carmo da Mata (1), Mar de Espanha (1) e Barra Longa (1). Outros 34 casos de suspeita da doença continuam sob investigação pelas autoridades de saúde de Minas.

No ano passado, o Estado foi o mais atingido pelo surto da doença. Entre julho de 2016 e junho de 2017 (período considerado devido à sazonalidade da doença), haviam sido confirmados 475 casos, sendo que 162 deles evoluíram para óbito.

EMERGÊNCIA

Na última sexta (13), o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), decretou situação de emergência em saúde pública nas áreas do Estado atingidas pela doença. O decreto vale por 180 dias e abrange 152 municípios do leste de Minas.

Publicado no "Diário Oficial" de Minas, o dispositivo permite que o governo dispense licitações para a compra de medicamentos e faça contratações temporárias de pessoal para conter o avanço da febre e tratar os doentes.

CICLOS DE TRANSMISSÃO

Crédito: Ciclos

SINTOMAS

Crédito: SINTOMAS DA FEBRE AMARELA

PREVENÇÃO

Vacinação
- Dose integral (0,5 ml): vale para a vida toda
- Dose fracionada (0,1 ml): vale por pelo menos 8 anos; será dada nas campanhas de vacinação de SP, RJ e BA
- Crianças: devem tomar a partir dos 9 meses (ou 6 meses em áreas de risco)

Crédito: Gif - Vacinação da Febre amarela - Evolução nos últimos anos

Para evitar picadas
- Usar repelente (evitar os que também têm protetor solar)
- Aplicar o protetor antes do repelente
- Não usar repelentes em crianças com menos de 2 meses
- Evitar perfume em áreas de mata
- Vestir roupas compridas e claras (ou com permetrina)
- Usar mosqueteiros e telas

Controle do mosquito
- Evitar água parada e tomar os mesmos cuidados da dengue, porque há risco de a doença ser contraída pelo Aedes aegypti (o que não acontece no Brasil desde 1942)

Distância de áreas de risco
- Evitar áreas de mata com registros da doença; caso vá viajar a esses locais, tome a vacina ao menos dez dias antes


TRATAMENTO

- É apenas sintomático, com antitérmicos e analgésicos (anti-inflamatórios e salicilatos como AAS não devem ser usados)
- Hospitalização quando necessário, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas
- Uso de tela, por exemplo, para evitar o contato do doente com mosquitos

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