Com vacinação abaixo da esperada, país tem 545 casos de febre amarela

MG e SP lideram casos; Brasil se aproxima de total do ano passado

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Brasília
Área de condomínio com registro de febre amarela em Ribeirão Preto (SP)
Área de condomínio com registro de febre amarela em Ribeirão Preto (SP) - Joel Silva/Folhapress
 

Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (21) aponta 545 casos confirmados de febre amarela no país, com 164 mortes. 

Segundo a pasta, o número de casos representa um aumento de 17,4% no total de registros desde o levantamento divulgado na última sexta-feira (16).

Apesar do avanço da doença, os índices de vacinação nos Estados alvos da campanha de imunização estão abaixo do esperado, segundo o ministério.

O balanço indica que o Brasil já se aproxima do total de casos confirmados no mesmo período do último ano. Na época, os registros apontavam 557 casos e 178 óbitos contabilizados desde julho de 2016 até o dia 20 de fevereiro de 2017, o que levou a situação a ser considerada como o pior surto já registrado de febre amarela deste 1980. 

Além dos casos confirmados, o Brasil ainda registra outros 422 em investigação. 

Entre os Estados, Minas Gerais apresenta o maior número de confirmações da doença. São 264 registros, os quais incluem 77 mortes.

Em seguida, está São Paulo, com 208 confirmações --destes, 57 morreram. Já o Rio de Janeiro apresentou 72 casos e 29 mortes. Também houve um caso confirmado no Distrito Federal.

VACINAÇÃO

Dados da pasta apontam ainda que, até esta segunda (19), foram vacinadas 5,1 milhões de pessoas durante a campanha que ocorre desde o dia 25 de janeiro nos Estados do Rio e São Paulo.

O número corresponde a apenas 25,2% do público-alvo, previsto em 20,3 milhões.

Idosa toma vacina contra febre amarela em SP
Idosa toma vacina contra febre amarela em SP - Folhapress - 12.jan.2018

Deste total de vacinados, 4,7 milhões receberam a dose fracionada, que é o equivalente a 1/5 da dose padrão, e 422 mil a dose integral --esta última, indicada para crianças menores de dois anos, gestantes e pessoas que pretendem viajar a outros países, por exemplo.

Apesar da diferença no volume, ambas as doses têm a mesma eficácia, aponta a pasta. Já o tempo de proteção varia: enquanto a integral duraria por toda a vida, a segunda protegeria por ao menos oito anos. O ministério afirma que a opção pela campanha com a dose fracionada ocorre para assegurar os estoques de vacina no país.

Além destes Estados, a campanha de vacinação também foi iniciada nesta segunda em oito cidades da Bahia, regiões consideradas de maior risco para a doença.

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