Crivella diz que viagem para Europa não foi para 'festa do guardanapo'

Viagem do prefeito do Rio ao exterior custou R$ 130 mil aos cofres municipais

do Rio

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), disse nesta segunda (19) que sua viagem à Europa durante ao Carnaval não teve como objetivo "participar da festa do guardanapo", em referência às fotos que mostraram o ex-governador Sergio Cabral e secretários dançando com guardanapos na cabeça em um restaurante em Paris.

Crivella passou a semana passada em viagem e foi criticado por estar fora do Rio durante o Carnaval e o temporal da última quinta (15), que matou quatro pessoas e provocou grandes transtornos na cidade.

"[A viagem] era a serviço do Rio de Janeiro. Fui sem ganhar hora extra, fui mesmo em sacrifício pessoal. Eu não fui para a festa do guardanapo", disse ele, em entrevista durante vistoria a obras de contenção na praia da Macumba, zona oeste da cidade.

As imagens da "festa do guardanapo" vieram à tona em 2012 e mostram Cabral e auxiliares no governo, alguns deles também presos pela Operação Lava Jato, se divertindo em um restaurante com guardanapos amarrados na cabeça.

O Ministério Público do Rio de Janeiro anunciou que vai investigar os gastos da prefeitura com a viagem.

O roteiro incluiu Alemanha, Áustria e Suécia. A viagem custou cerca de R$ 130 mil aos cofres da prefeitura. Crivella diz que foi à Europa avaliar tecnologias para a área de segurança. 

"O prefeito não está lavando as mãos, não está virando as costas. Para mim, seria muito mais fácil ficar aqui com minha família", defendeu.

Na comitiva do prefeito, estavam o chefe de inteligência da Policia Militar, coronel Antônio Goulart, o chefe executivo do Centro de Operações Rio, Guilherme Sangineto, o diretor-presidente da Empresa Municipal de Informática, Fábio Pimentel de Carvalho e o engenheiro Luis La Torre.

No sábado, em entrevista à Globonews, o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) --que era do governo Cabral --chegou a comentar que, se fosse prefeito, não iria à Europa durante o Carnaval.

Questionado se era uma referência a Crivella, o governador amenizou e disse que não julgaria o prefeito. Pezão também estava fora da cidade: ele passou o Carnaval em Piraí, a cerca de 90 quilômetros do Rio.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.