Descrição de chapéu cracolândia

Grupo de moradores protesta contra a cracolândia no centro de São Paulo 

Pessoas pedem o fim de ruas fechadas por usuários de drogas na região

Moradores do bairro Campos Elíseos durante protesto contra a cracolândia
Moradores do bairro Campos Elíseos durante protesto contra a cracolândia - Avener Prado/Folhapress
São Paulo

Um grupo de cerca de 20 pessoas fez um protesto na noite desta quarta-feira (28) na região de Campos Elíseos, centro de São Paulo, para pedir medidas contra a cracolândia. 

“Estamos carregam um fardo nacional aqui. O fardo de se tornar ponto de encontro de usuários do crack de todo o Brasil. A população não está suportando mais ambientes de debate sem a contrapartida de uma solução”, afirmou Fábio Fortes, membro do Conseg (conselho de segurança) de Higienópolis, Santa Cecília e Campos Elíseos.

“Estamos diante de pessoas indignadas. Moradores não recebem visitas porque parentes e amigos têm medo de vir para cá, comerciantes perdem clientes por conta do medo de vandalismo. O tráfico existe no país todos, mas ninguém tem ruas fechadas dessa forma”, completa. 

O ato teve início por volta das 20h30, na alameda Barão de Limeira, a cerca de cinco quarteirões da concentração de usuários de droga, na alameda Cleveland. Com faixas e gritos de ordem, moradores e comerciantes da região chegaram a fechar um cruzamento da via por alguns minutos. 

Na semana passada, um grupo de usuários de drogas promoveu um quebra-quebra na região. Ao menos 11 carros que estavam estacionados na rua Conselheiro Nébias, entre a av. Duque de Caxias e a rua General Rondon, tiveram os vidros quebrados. Lojistas tiveram que fechar as portas durante a confusão, que teria começado com a uma ação de limpeza da prefeitura.  

Reportagem da Folha mostrou no início do mês que moradores e trabalhadores da região dizem que há um clima diário de tensão na região, com recorrentes lançamentos de bombas pela polícia e ataques com pedras e tijolos pelos viciados. Usuários e agentes de saúde dizem ter uma espécie de “operação sufoco”, para cansar usuários e fazê-los sair de lá, o que a prefeitura nega.

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